domingo, 28 de novembro de 2021

Maratona do Porto - 2021

Voltaram as maratonas!

Após dois anos de pandemia, um pouco a medo é certo, mas a vida vem voltando ao (novo) normal.

A edição de 2020 da Maratona do Porto não se efetuou por razões óbvias, tendo as inscrições transitado para 2021 sem custos acrescidos.

Paulo Oliveira - Passagem na rotunda da anémona

As últimas provas em que participei tinham sido, a Maratona do Porto e Meia da Nazaré em 2019 e, já em 2020, o Trail do Sicó versão 57K.

Depois foi o que todos já sabemos, com a pandemia a instalar-se, as restrições à vida quotidiana, alterações de hábitos, e obviamente, a suspensão de todas as atividades de corrida amadora.

Paulo Amaro - Passagem na rotunda da anémona

Para alguns tipos de trabalhos, como o meu, foi possível de trabalhar a partir de casa, o que permitiu algum resguardo relativamente ao vírus.

Os primeiros meses foram de um confinamento quase absoluto, seguindo escrupulosamente as orientações da Direção Geral da Saúde, saindo de casa apenas para o essencial, ficando assim excluída toda a corrida de rua.

Já perto do final

Felizmente, devido a ter uma passadeira na garagem foi possível continuar a correr regularmente, o que, aliado às mais de duas horas diárias poupadas em viagens para o local de trabalho, levou a que cheguei ao final de 2020 terminou com a maior quantidade de quilómetros desde que comecei a correr.

Assim, desde que se começou a vislumbrar a possibilidade da realização da Maratona do Porto, tentei adequar um pouco o treino para poder enfrentar o desafio com alguma tranquilidade, todavia vim a constatar que o grande volume de quilómetros não me tinha conferido maior velocidade, antes pelo contrário.

Paulo Amaro - Já perto do final

De facto, ao longo deste ano e meio habituei-me a correr confortável, sempre de fones nos ouvidos, desfrutando ao máximo do prazer da corrida, relegando para plano secundário qualquer espírito de sacrifício ou o esforço que normalmente me dispunha a sofrer para me ir preparando para as provas.

Assim, estava perfeitamente mentalizado que iria para a Maratona do Porto mais lento do que o costume, embora confiante o suficiente para correr a distância sem percalços de maior. O tempo final seria o que fosse, sem preocupações de bater recordes, até porque a idade continua a avançar (diria que ainda bem!) e é natural que se perca alguma velocidade pelo caminho.

A edição da maratona de 2021 teve como principal diferença o facto de não se poder atravessar a Ponte Luis I devido a trabalhos de conservação na mesma, suprimindo-se assim o percurso de Gaia à Afurada, o que, honestamente, nunca me deixou grandes saudades devido ao piso de paralelos daquela parte do percurso.

Foto com efeito "Forrest Gump"😀

A solução encontrada para colmatar esta perda de distância foi prolongar a norte, desde Leixões até Leça da Palmeira e, na parte junto ao rio Douro, a nascente, prolongar também um pouco até à zona de Campanhã. Perdeu-se um pouco em beleza, mas ganhou-se em qualidade de piso, diria eu.

A corrida propriamente dita desenrolou-se sem sobressaltos, controlando o ritmo desde início, uma das vantagens de ser a oitava vez consecutiva nesta Maratona do Porto, o que permite gerir a cada momento o esforço em função do que sabemos ainda faltar.

Ao longo de quase toda a corrida, estive sempre perto do colega de equipa, Paulo Amaro, ora, um pouco atrás ou um pouco à frente, sempre mais ou menos no mesmo ritmo.

Paulo Amaro

No relógio parametrizei o parceiro virtual para as 3h30, controlando a cada momento a que distância e tempo me encontrava desse objetivo. Esta funcionalidade é característica de relógios mais antigos e tem de ser interpretada com as devidas reservas visto ser uma projeção puramente aritmética, não tendo em conta as características do percurso em termos de subidas e descidas, nem uma natural quebra de ritmo ao longo da distância. De qualquer modo, não se pode exigir muito a um Garmin 910xt usado, comprado no Ebay por menos de 30€!

Terminei a maratona com o tempo de 3h 29m 41, não sem ter no entanto, de “desfazer” umas cãibras que deram o ar da sua graça ao quilómetro 40.

Paulo Oliveira - Tempos de passagem e tempo final

O colega de equipa, Paulo Amaro, começou forte mas a partir de certa altura reduziu o ritmo e acabou por terminar com 3h 41m 35, o que não é normal para quem me dá mais de uma hora de avanço em trails de semelhantes distâncias!

Paulo Amaro - Tempos de passagem e tempo final

Boas corridas e até breve!