Correu-se no passado domingo mais uma Maratona do Porto.
Foi a sua 13ª edição e a minha 4ª participação.
Este ano, a minha presença na prova esteve por um triz,
devido a uma crise aguda de lombalgia uma semana e meia antes da prova.
Assim, com muitos Brufen 600, Voltaren e um
anti-inflamatório “potente” que restava de uma receita anterior, a situação foi
melhorando, de modo que decidi arriscar a partida para esta Maratona.
É um bocado inglório ter este tipo de condicionantes, que
nada têm que ver com a prática do desporto mas que podem condicionar em
absoluto a participação numa prova, tipo “objetivo do ano”, como era para mim
esta Maratona do Porto!
Como é natural, logo se esfumaram-se os objetivos do costume
que seria ficar abaixo das 3h30m. Nestas condições, conseguir chegar ao fim era o único
objetivo.
Assim, iniciei a prova “de pantufas”, atento aos
sinais do corpo, “correndo a um ritmo que, quase dava para contemplar a relva a
crescer :)
Com o passar do tempo, na ausência de qualquer dor aguda, comecei
a ganhar confiança e a partir do 4º ou 5º quilómetro já entrava no meu ritmo
normal.
O dia esteve excelente para correr, com sol e temperatura
fresca (às vezes até com um friozito ventoso…), sendo no entanto infinitamente melhor do
que o calor que se fez sentir na edição do ano passado.
O percurso este ano teve poucas diferenças relativamente ao
do ano anterior, mantendo-se o início e fim no recinto do Queimódromo, no
Parque da Cidade.
Pessoalmente preferia a versão até 2014, com início junto ao
Palácio de Cristal e descida da Avenida da Boavista, o que ajudava bastante na
fase inicial.
O percurso deste ano teve quatro pontos de retorno, o que se
presta às mais variadas "gracinhas"(por exemplo, uma atleta que seguia à minha frente em Gaia,
já depois do “tapete” da meia-maratona resolveu dar meia volta numa rotunda e
assim ganhou uns bons 3 ou 4 quilómetros, uma vez que não foi ao ponto de
retorno oficial!!).
Tem-se falado muito neste tema, e é unânime que a colocação
de tapetes de controlo nos pontos de retorno resolveria o problema dos
“atalhanços”.
Por outro lado, a Organização ver-se-ia obrigada a
desclassificar os “prevaricadores” correndo o risco de não bater o recorde de
participações, objetivo que vai alimentando alguma rivalidade entre as Maratonas
do Porto e de Lisboa! A política de ambas as organizações tem sido: Quantos mais finishers melhor :).
Outro aspeto que nunca me agrada muito é o empedrado
irregular em algumas zonas que, obriga os atletas a desviar-se para os
passeios. De facto constatei mais uma vez que em algumas zonas em Gaia não
seguia literalmente ninguém pela estrada, mas sim TODOS os atletas corriam pelos passeios, o que,
segundo o artigo 14 do Regulamento constitui uma infração (embora não
especifique qual a penalidade...)!
Ainda assim, das seis Maratonas concluídas até à data, Lisboa 2012 e 2014 e, Porto 2013, 2014, 2015 e 2016, é claramente a do Porto a de
que mais gosto. Pela prova em si, pelo percurso variado que ajuda a distrair do cansaço, mas também pela
paisagem da cidade, pela vista sinuosa do Rio Douro, pelo avistamento das
pontes ao dobrar as curvas do rio assemelhando-se ao ritual do desfolhar um
livro de gravuras, pelo atravessamento da Ponte D. Luís e muito mais!
Tempo final de 03:35:02 (chip), que, apesar de ser o meu pior
tempo na Maratona, foi melhor do que ter de desistir a meio da prova, algo que
era efetivamente um cenário muito provável!
O colega de equipa Paulo Amaro conseguiu fazer um tempo
dentro do esperado, 03:17:15 (chip) salvando assim a honra da equipa!
Boas corridas e esperemos que abram inscrições em dezembro a
preço reduzido!!
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Gráfico de tempos Minutos por Km |
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Tabela da prova |
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(des-) Evolução anual dos resultados pessoais na Maratona do Porto |