Figueira da Foz, 10 horas da manhã, dá-se o início à 7ª Meia
Maratona desta cidade.
Além da prova principal decorrem também uma mini-maratona e
uma caminhada, não há portanto, desculpas para ficar em casa.
O tempo está encoberto, abafado , ameaçando chuva, mas assim
se vai mantendo, sem piorar…! Também não se faz sentir vento significativo o que,
nesta cidade costeira é bastante habitual.
A equipa do “PelaEstradaFora “ vai
participar pela segunda vez neste evento desportivo. Desta feita estamos na esperança que seja
mesmo, uma Meia Maratona de 21.097 metros, o que felizmente se veio a confirmar.
Este ano não brincaram em serviço e contrataram um "Ás" das
medições de provas de atletismo!
Como já referi no post anterior, não estava nas melhores
condições para bater tempos, devido a uma paragem de duas semanas, devido a uma
(estúpida) lesão muscular, tendo recomeçado a treinar, devagarinho, uma semana
antes desta prova. Todavia, a recuperação foi quase total e, no dia da corrida
já estava sem dores nos gémeos. Faltava era, isso sim, um pouco de ritmo
competitivo. É terrível como se perde a forma física em tão pouco tempo, quando
custa tanto a ganhá-la!
Às nove horas encontrei-me com o resto da equipa (J), a fim de combinar a
estratégia (isto só para dar um ar mais “Pro” a este relato) e fazer uns
exercícios de aquecimento, aspecto que
cada vez mais sei, o quão importante é para estas aventuras.
Bom, finalmente chega a hora, ouve-se a partida e, sai tudo
a correr feito louco, em direcção a Buarcos.
Os primeiros 5 km até ao primeiro retorno, na fábrica de
cimento do Cabo Mondego, correm-se a bom ritmo, tendo-me mantido sempre entre
os 4:00 e os 4:10 min/km (com 1 km a 3:59!).
O Paulo Amaro já tinha entretanto ido à sua vida, para defender
a honra da equipa!
A partir dos 5 km de prova, comecei a sentir os sinais de
“quem anda a viver acima das suas possibilidades”, ou mais correctamente, “de
quem vai a correr acima daquilo que pode” e, tive de baixar o ritmo para a casa
dos 4:20 min/km
Levava no pulso uma banda de papel com os tempos de passagem
para 1h35min, que continuo a achar muito útil para gerir a corrida. Nestas
situações é bom ter algo que ajude nas tarefas mentais e de raciocínio, porque
o fluxo sanguíneo é todo necessário para a parte “operária” do corpo.
Considero que as provas de estrada são muito violentas em
termos cardiorrespiratórios, em comparação com as provas de Trail Running. Não
há pausas, nem variações de ritmo, nem umas subidinhas para caminhar,…, em
estrada é sempre a dar o máximo, …desde a partida até à meta!
Esta observação tem um carácter puramente pessoal, e tem que
ver, como eu próprio encaro as corridas de Trail, onde não existem tempos de referência
muito claros e, definitivamente, o espírito é sobretudo o de diversão e
integração com a natureza.
Chegada à meta |
Os campeões todavia, ou quem leva os Trails mais a sério,
também irão no “Red Line” o tempo todo, de certeza!!
Bom, a corrida lá ia ”correndo”, passe a redundância, mas a
partir dos 10 km, tive de baixar um pouco mais, para os 4:30 min/km, e assim
lá consegui um ritmo estável até final.
Resultados da equipa do PelaEstradaFora:
·
Paulo Amaro: 1h
28m 42s, 44º lugar da geral
·
Paulo Oliveira: 1h
33m 43s, 71º lugar da geral
Paulo Amaro: 1h 28m 42s, 44º lugar da geral |
A vitória foi para o atleta José Sousa com 1h 11m 39s, que já
na véspera tinha ganho a prova de 10km do circuito nacional de estrada em
Leiria.
Destaque ainda para o nosso colega de profissão (Ferroviário),
João Saúde, que obteve o 6º lugar da geral, com 1h 16m 55s e 2º do seu escalão.
Ao nível de participação, manteve-se semelhante a 2012, com
316 homens e 29 senhoras na meia maratona, o que convenhamos é muito bom, tendo
em conta que na zona de Figueira da Foz/Coimbra o atletismo não tem a mesma
popularidade que em outras zonas do país.
Uma última nota para a organização, que este ano esteve bem
melhor do que em 2012, não havendo nada a apontar.
Recomenda-se portanto para 2014!!
Uma imperial para comemorar (inspiração Murakami) |
Até para o ano e Boas corridas!
Parabéns pelo excelente resultado! Concordo plenamente com o "provas de estrada são muito violentas em termos cardiorrespiratórios". Principalmente nas provas mais curtas onde é "necessário" ir sempre a abrir e onde o meu pensamento mais comum é:"Mas porque raio é que me meto nestas coisas...". Claro que depois de passar a meta isso desaparece da memória e só fica a questão: Quando é a próxima?!
ResponderExcluirAbraço.
É isso mesmo, Rui,
ExcluirPor vezes, durante a corrida, até surgem pensamentos de desistência, mas quando passamos a meta, todo o negativismo se evapora deixando em seu lugar uma enorme satisfação e vontade de partir para a próxima!
Um abraço e bons treinos!
Parabéns! Excelente desempenho apesar da paragem de 2 semanas.
ResponderExcluirUm dia gostava de ir a esta Meia, a ver se é para o ano.
Boas corridas!
Obrigado! Vale bem a pena ir à Figueira da Foz correr a meia maratona! A cidade é lindíssima e a prova, como é na marginal junto ao mar, dá para inspirar o ar puro de maresia. Por vezes apanham-se até uns borrifos de água, do rebentamento das ondas nas rochas! Costuma ser no feriado do 10 de Junho.
ResponderExcluirBoas corridas!