No passado dia 8 de Junho, correu-se mais uma Meia Maratona da
Figueira da Foz!
Como é tradição da equipa PelaEstradaFora, marcou-se presença
em peso, com a totalidade da sua vasta equipa de dois atletas.
Marcou também o
regresso pessoal à “competição” após seis meses sem participar em provas.
Obviamente não é sacrifício nenhum ir à Figueira correr a Meia Maratona, porque além de ficar perto, esta cidade é muito especial, com aquele
tipo de dimensão que não é pequena nem grande, antes pelo contrário (esta paga
direitos de autor a um célebre comentador desportivo…)!
Numa observação de carácter absolutamente pessoal, posso afirmar
que a Figueira tem uns odores ou aromas muito característicos e que, não acho
de todo desagradáveis; uma mistura de maresia com ténues farrapos de carvão e
cal hidráulica vindos do Cabo Mondego! É também um facto que, desde miúdo associo
esta mistura de cheiros à Figueira da Foz.
Disparates! - Dirão os meus caros amigos!Talvez tenham razão! Pois assim seja…, deixem-me divagar um bocadinho…enquanto não paga imposto…
Mas vamos ao que interessa.
Pela terceira vez, estive à partida desta meia maratona com
o colega Paulo Amaro.
Nas edições de 2012 e 2013, o percurso foi constituído por
duas idas à fábrica de Cal do Cabo Mondego, sempre pela marginal oceânica.
Na edição deste ano, 2014, o percurso foi alterado, com o
início da corrida em direcção à estação de caminhos-de-ferro, retorno para a
marginal, seguimento a Buarcos, uma incursão pela variante do Centro de Saúde,
novo retorno após uma subida, novamente na marginal até à zona da antiga
fábrica do cimento, uma sessão de labirintos num bairro residencial daquela
zona, rumo novamente à marginal, desta feita sim, atingindo o retorno do Cabo
Mondego e finalmente, o regresso ao forte de Sta. Catarina onde estava
instalada a meta.
Já correu muita tinta acerca desta alteração de percurso,
sobretudo no Facebook, onde o pessoal dá largas à imaginação para sugerir percursos
“melhores”!
Pessoalmente, considero que o formato anterior de, duas idas
ao Cabo Mondego, era muito monótono. Teria no entanto algumas mais-valias
logísticas, uma vez que os cortes de trânsito se limitavam àquela (s) avenida
(s).
Por outro lado, devido à dimensão acolhedora da cidade, não
é fácil acomodar 21 quilómetros, em plano, sem condicionar o trânsito em
demasia. Não nos esqueçamos a meia maratona da Figueira acontece sempre num fim-de-semana
próximo do 10 de Junho, altura de grande afluência turística e que, cortes de
trânsito na cidade, não são nada bem-vindos pela população (não-corredora).
Se for permitido a um antigo munícipe da cidade (de 1998 a
2008, apesar de em metade deste tempo ser apenas ao fim de semana…) opinar
acerca de um percurso alternativo, diria que a primeira parte da corrida se
poderia prolongar na direcção nascente, fazendo o retorno na zona da Fontela,
regressando à Figueira da Foz, percorrendo a marginal em toda a sua extensão
até a cabo mondego e, retorno para a meta.
Julgo que a Meia Maratona da Figueira ficaria com boas
características para se obterem bons tempos, além do mais, seria um percurso corrido
em permanência junto à água, primeiro do Rio Mondego depois, do Oceano Atlântico!
Fica a sugestão caso alguém leia isto inadvertidamenteJInício da corrida |
Quanto ao desenrolar da corrida, foi assim:
·
Início muito rápido (critérios pessoais) entre
os 4:03 e os 4:15 min/km;
·
Temperatura agradável e vento fraco, dois
factores que podem influenciar, tanto o rendimento como, o prazer da corrida;
·
Uma subida a partir do Km8, inexistente nas
edições anteriores;
·
Retorno à marginal, passando pelo centro de
Buarcos junto ao Teatro do Grupo Caras Direitas (uma nota histórica, o actor
Camilo de Oliveira nasceu num camarote deste teatro, onde nesse dia, os pais,
também actores, estavam em digressão);
·
Seguiu-se pela marginal até à antiga fabrico do
cimento, zona onde se fez uma incursão labiríntica por bairros residenciais;
·
Por esta altura começava a acusar algum desgaste
energético. Pensei mesmo que ia quebrar; tomei um gel e um cubo de marmelada
que o meu colega me tinha dado antes da corrida e de facto, psicológico ou não,
voltei a ter forças para continuar ao mesmo ritmo
·
Regressa-se novamente à marginal, atingindo agora
sim, o ponto de retorno da fábrica da cal;
·
Regresso para a Figueira da Foz, pela marginal
em toda a sua extensão, até à meta junto ao forte de Sta. Catarina
Durante toda a
corrida ia atento à velocidade, tentando não me entusiasmar deitando tudo a
perder mas, ainda assim, sempre perto do limite. Por esse motivo ia fortemente
convicto de que conseguiria igualar o tempo do ano anterior de 1h33m.
No entanto, na última parte do percurso, desde o Cabo
Mondego até à Meta, comecei a verificar que seria impossível terminar antes da
1h35m.
O relógio GPS dava-me também mais 500 metros do que a
distância assinalada pelos marcos de passagem!
Bolas - pensei eu. - Repete-se outra vez a história de 2012!
A cerca de 1.500 metros do final alcanço o colega de equipa
e seguimos juntos até à meta, que cruzamos com 1h 35m 46s, nas 59ª e 60ª
posições da geral.
A chegada do pelotão do PelaEstradaFora |
Concluíram a prova 358 atletas, 50 das quais, senhoras!
Em jeito de conclusão, pode-se dizer que valeu bem a pena
vir novamente à Figueira da Foz e que, conto voltar para o ano!
"A Medalha" |
Uma palavra à organização, Atletas.Net, que se refira não é
propriamente um grupo de amadores nestas coisas, voltaram a cometer mais uma
vez um erro de medição do percurso. Já em 2012 tinha acontecido o mesmo e, pelo
que percebo dos comentários nas redes sociais, começa a ser algo frequente,
este e outros tipos de erros.
Certo é que tiveram de fazer alterações à última hora,
todavia com tantos pontos de retorno que, são por natureza “pivots” úteis para
acertar distâncias, bastaria terem-se dado ao trabalho de colocar um (ou dois)
GPS no pulso, montar-se numa bicicleta equipada com conta-quilómetros e fazer a
verificação da distância.
Tenho visto com agrado algumas organizações amadoras,
especialmente em provas de Trilhos, que atingem níveis de competência notável,
bastando para isso arregaçar as mangas e fazer estas verificações finais no terreno,
indo um ou dois elementos da organização, uma ou duas horas antes da prova,
percorrer todo o percurso, colocando eventualmente fitas desaparecidas, etc., não
ficando confortavelmente instalados frente ao computador a “brincar” no Google
Earth como alguns “profissionais”!
Uma última palavra para o colega de trabalho João Saúde que
na edição do ano passado fez aqui na Figueira da Foz o 6º lugar da geral com 1h
16m 55s e que está actualmente a recuperar de um acidente grave ocorrido num
treino de bicicleta. As melhoras e volta breve!
Por hoje é tudo e não se esqueçam de em 2015 vir à Figueira
da Foz correr a Meia Maratona!
Eu também conto voltar pois gostei desta prova.
ResponderExcluirAs minhas desculpas de no final não ter ficado a falar mais tempo mas estava um pouco tonto, em virtude de problemas de saúde que tenho passado (e que finalmente, desde ontem, parece que começaram a melhorar!)
Um abraço e boas corridas!
Meu caro, é bom saber que esses problemas de saúde estão de saída! Não deve ter sido nada fácil correr nessas condições.
ExcluirEncontrar-nos-emos novamente na Figueira da Foz no próximo ano, nesta prova tão simpática!
Um abraço e boa recuperação