Depois de 2015, voltei novamente a Lisboa para correr a meia
maratona da ponte 25 de Abril.
Esta participação não estava nos planos; não pela prova em
si mas pela logística pesada para quem vem de longe.
Porém, contudo, a empresa resolveu oferecer as inscrições
aos trabalhadores que quisessem participar. Assim, juntamente com o resto da
“equipa” do PelaEstradaFora, que por sinal trabalha toda na mesma empresa, fomos
pela segunda vez correr na ponte.
Há muita gente que “descasca” nesta prova, apontando-lhe mil
e um defeitos.
Há de facto vários pontos negativos, como por exemplo a
necessidade de deslocação para a margem sul do Tejo; geralmente em comboios
cheios à pinha. Depois, há também o facto de estarmos numa corrida com dez mil
participantes, com todos os contratempos naturais de uma multidão deste tamanho.
Ainda assim, é uma corrida de que gosto bastante de fazer,
embora, por toda a logística a que obriga, não goste o suficiente para pagar os
20 Euros da inscrição. Grátis no entanto, é sempre de equacionar!
Dia da prova começa às 05h00, com uma primeira viagem de
carro até ao Entroncamento onde tenho comboio às 06h40 para Lisboa.
O local de encontro é na gare do Oriente onde o resto da
equipa, o Bro’ Samuel e o Paulo Amaro chegam de Coimbra no Alfa Pendular.
Seguimos neste até Entrecampos onde mudamos para um Fertagus. Chegamos ao
Pragal antes das 09h00 e já lá está um mar de gente…
Rumamos logo para a zona da partida e ficamos já numa
posição que já nos vai fazer demorar mais de dois minutos após o “tiro de
partida” até passar a linha oficial de início.
Muito honestamente, quando se inicia a corrida às 10h30 já
estava mais pronto para voltar para a cama do que para correr 21 quilómetros…
O início da corrida é feito aos zigue-zagues, ultrapassando
uns e outros sem todavia forçar muito. A sensação é como estar num
engarrafamento. Não vale a pena perder a calma ou forçar em demasia. Não vai
adiantar mesmo!
Aproveito para apreciar um pouco da vista e da sensação
única que é estar a correr a pé em cima da Ponte 25 de Abril.
O resto da prova é um pouco mais do mesmo. Correr, correr e
correr!
Tenho a noção no entanto, que o facto de haver muita gente a
correr traz uma motivação extra que nos ajuda a correr mais rápido.
Utilizo as técnicas do costume.
Olhos sempre levantados fixando um plano mais à frente.
Sempre “marcando” alguém para alcançar.
Evito olhar para o chão uma vez que isso tem como
consequência directa e involuntária o abaixamento do ritmo (técnica impossível
de aplicar em corridas de trilhos ☺.
Manter sempre a pressão. Ter sempre a sensação que, se forçar
mais um pouco rebento pelas pernas ou pelos pulmões.
A partir do meio da prova começo sistematicamente a fazer
contas das distâncias que faltam, comparando com as mesmas distâncias feitas em
treino.
De quando em quando noto a tensão muscular a subir e a
passada a ficar mais rígida. Faço então umas manobras de relaxamento “caseiras”:
pisar mais suavemente, diminuir ligeiramente a cadência e alongar um pouco a
passada. Simultaneamente relaxo os ombros e tento imprimir nestes um bamboleio conjugado
com o movimento das pernas.
Desde início que a corrida tem sido a ganhar posições, coisa
que faz sempre bem ao ego, especialmente após o “desastre” do Trail de Conímbriga Terras de Sicó.
Termino finalmente 01 h 34 m 52 s após ter cruzado a linha
de partida, o que para mim é um tempo canhão!
A participação da “Equipa” ficou assim ordenada (tempos de chip):
- Paulo Amaro – 01 h 33 m 56 s
- Paulo Oliveira - 01 h 34 m 52
- Samuel Oliveira - 01 h 35 m 56 s
Uma última nota para o excelente dia que esteve, se bem que
com um bocadinho de calor a mais para a época. Mas como se sabe, não temos
interferência no Tempo!
Boas corridas!
Antes da prova (foto da organização) |
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Paulo Oliveira (foto da organização) |
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