Entroncamento, 7 de Abril de 2013, tudo a postos para mais
uma edição dos “Trilhos do Almourol”.
Castelo de Almourol |
Estão disponíveis três opções, com as distâncias de 42 km, 25
km e 11 km, sendo esta última em formato de caminhada.
Aldeia do Mato - Vista sobre o lago da barragem |
A prova mais longa, inicia-se na Aldeia do Mato, nas margens
do lago da barragem do Castelo de Bode, vem descendo junto com o Rio Zêzere até
Constância, a partir da “Vila Poema” segue junto ao Rio Tejo até Tancos. Depois,
desvia-se para zonas florestais até ao Entroncamento.
A prova de 25 km, inicia-se em Constância e, tem o percurso
comum com a de 42km até ao fim.
Todas as variantes do
evento têm a particularidade de o local da partida ser outro que não o da
chegada, i.e., os participantes são levados de autocarro ou de comboio até aos
locais de início e depois, as provas são “um regresso ” até à meta, do género
das competições dos pombos-correios!
No ano passado participei na versão de 25 km tendo gostado
q.b..
Apesar de na altura ser apenas o meu segundo Trail e, ter
sido a maior distância alguma vez corrida, ficou um sabor’zinho’ a pouco por
não ter ido à prova grande, agravado por um comentário que ouvi de um
participante da versão 42km, que ao abeirar-se do quadro onde estavam a ser afixadas
as classificações e ao aperceber-se que estava a olhar para as classificações
dos 25km, virou-se para um colega que o acompanhava e disse “oh pá, não é aqui! Esta é a dos pequenos!”.
Ficou então decidido que se voltasse a esta prova, seria à
dos “Grandes”!
Bom, chega então o dia 7 de Abril, a incerteza é muita
quanto ao estado do tempo, a perspectiva de correr à chuva não me agrada muito,
sobretudo pelo peso extra devido à lama nos sapatos e ao esforço, naturalmente
maior devido ao terreno enlameado.
Todavia, após tantos meses a chover, as previsões para este
dia confirmaram-se, não tendo chovido enquanto decorreu a prova! … E que bom
que assim foi!
Aldeia do Mato - Largo da partida |
Aldeia do Mato, 9h30, manhã soalheira, temperatura excelente,
chegam os autocarros do k42, o ambiente é de festa, há mais de 300 atletas no
pequeno largo onde será dada a partida, o local é muito bonito, é um ponto alto
mesmo junto ao lago da barragem, para a maioria dos atletas não há qualquer
tensão uma vez que o objectivo é o de participar sem quaisquer intuitos
competitivos, chega a hora, toca a buzina de ar comprimido, inicia-se a
corrida!
O pelotão vai-se alongando de forma natural, os caminhos são
largos e, quando aparecem “single tracks” não há grandes dificuldades nem
engarrafamentos.
Início da corrida, já se nota um grande alongamento do pelotão |
Vai-se rolando pelos pequenos montes à beira do lago, cada qual
gerindo o entusiasmo e o passo à sua medida, porque apesar de nesta altura
ainda não existirem dificuldades, há que ter em conta que estão 42 km pela
frente e, um brilharete inicial pode-se pagar caro mais à frente!
Ao km 7 atravessamos a barragem do Castelo de Bode, sendo o
momento visual mais marcante da corrida. É de facto uma obra de engenharia imponente!
Vista a jusante da barragem |
Continua-se, descendo pelo vale do Zêzere, desviando-se dele
ocasionalmente, a fim de subir algum monte, chegando-se neste ritmo a
Constância, pela margem direita ao km 21.
Constância |
A visão desta vila é lindíssima, pena é o tempo que começava a ficar cinzentão
não colaborando com os fotógrafos de ocasião… (até rima e tudo!)
Mais à frente, ao km 27, já no Tejo, vemos pela esquerda o
ícone do evento, o Castelo de Almourol.
À passagem pelo Castelo de Almourol (Foto Offtel Runners) |
Já se sabia que não era possível ir ao castelo como no ano
passado, isto devido ao elevado nível das águas do rio. Pode ser que dê em 2014…
Vista sobre o Tejo e Castelo de Almourol |
Em Tancos, o percurso abandona o Tejo seguindo por zonas
florestais e agrícolas até à meta no Entroncamento.
Algures(?) (Foto CLAC) |
Foi nesta última parte que comecei a pagar alguns excessos
iniciais. O terreno estava “pesado”, com alguma lama, obrigando-me a baixar o
ritmo que mantinha desde o início e, consumindo forças que já não eram muitas.
Assim, cerca do km31, fui-me um pouco abaixo, com falta de
energia e cãibras generalizadas nas pernas, semelhantes a pequenas descargas
eléctricas que percorriam os músculos de cima abaixo, ou por vezes em sentido
oposto.
Nestas situações, já sei que a solução é baixar o ritmo,
descontrair a passada, ter mais atenção onde se pousam os pés para evitar movimentos
bruscos, em resultado de um tropeção ou de um pontapé numa pedra etc., e,… esperar
que passe!
Geralmente resulta! E desta vez também resultou!
Tempo final, 4h 57m 21s; 93º lugar da geral (terminaram 304
atletas)
Uma palavra para a excelente organização, que esteve sempre
presente onde era necessário, bem nas marcações e sinalizações, bem no
posicionamento onde eventualmente poderia haver dúvidas, embora diga-se que o
traçado desta prova não era propício a grandes enganos.
Os abastecimentos eram algo frugais, mas também não menos verdade
que toda aquela gente tinha ido lá para correr e não para comer!!
Avaliação global muito positiva!!
espectáculo...
ResponderExcluirÉ de facto uma excelente prova! Não propriamente pela paisagem, pelo traçado ou qualquer outra razão só por si, mas essencialmente pelo seu conjunto!
ResponderExcluirBem, que paisagens fantásticas! Eu ainda só faço dos "pequenos", mas que me sabem a grandes! Espero que no domingo também me corra assim tão bem!
ResponderExcluirBoas corridas
As provas "grandes" não são assim tão difíceis, necessário é, isso sim, moderar o ritmo desde o início!
ExcluirBoa corrida no domingo!