Pelo terceiro ano consecutivo, a equipa do PelaEstradaFora
marcou presença na corrida dos moinhos de Penacova.
Moinhos de Portela de Oliveira. Serra do Buçaco |
No ano passado postei o relato aqui neste espaço, e aqui também, tendo sido
a prova deste ano, muito semelhante à anterior.
O nível de qualidade manteve-se, deixando como sempre, a
vontade de regressar no próximo ano!
Para este dia de 31 de Agosto de 2014 as previsões do tempo “davam”
calor com fartura, na ordem dos 35°C. Ainda assim, pela manhã, a temperatura estava
agradável, não incomodando em demasia.
Tendo em conta o conhecimento do tipo do percurso, adquirido
nas participações anteriores, optámos por fazer um aquecimento minimamente
decente, uma vez que o início da mesma é constituído por uma valente subida até
um dos pontos mais altos da vila e, com escadaria à mistura para ajudar à
festa!
O controlo “zero” este ano foi original.
Atletas aguardando o controlo "zero" na ponte pedonal sobre o Mondego |
Os atletas tiveram que atravessar o rio pela ponte pedonal
do início e chegada, regressando ao local de concentração em fila indiana a fim
de registar os dorsais.
Hummm…podiam pensar numa alternativa…pareceu-me que muita da
gente que permaneceu em cima da ponte cerca de dez minutos, não terá achado
muita piada à brincadeira… Mas tudo bem, a ponte aguentou-se à bronca e
manteve-se firme e hirta !
Dá-se a partida e voltamos a cruzar a ponte para enfrentar a
primeira subida.
Após a escalada da vila, os primeiros quilómetros são relativamente
planos, ou pelo menos, sem grandes rampas.
O colega de equipa Paulo Amaro já tinha entretanto ido à
vida dele!
Rolava-se bem. Sentia que estava melhor do que no ano
passado. Previa fazer um tempo bem abaixo do anterior!
Passa-se o primeiro abastecimento, como sempre com prata da
casa, isto é, com garrafinhas de Água de Penacova, facto que distingue esta
prova dos trails “normais”, onde nos abastecimentos, as garrafas individuais já
foram há muito banidas.
Começa a primeira grande subida, rumo aos primeiros moinhos. Os moinhos de Gavinhos.Subida aos primeiros moinhos de vento |
Começavam-se a ver os moinhos... |
Segundo abastecimento nos moinhos, onde desta vez faltou o
fotógrafo da praxe, e, inicia-se a descida.
Passagem pelos primeiros moinhos |
Começam então as peripécias da prova e, em boa verdade,
acabam para mim as hipóteses de melhorar o tempo em relação ao ano passado.
Nesta altura seguia em grupo e, como mandam as “boas
práticas da modalidade” não ia a prestar grande atenção às fitas sinalizadoras
do percurso. Bastava seguir os colegas da frente.
O problema é que quem seguia à frente do pelotão também
devia ir a contar que alguém mais atrás fosse com atenção e, o avisasse em caso
de engano.
O resultado foi o esperado! Uma descida brutal de setecentos
metros por um estradão, até chegar à conclusão de que íamos todos mal.
Fitas nem vê-las! Por fim lá vimos umas fitas mas eram de
uma parte do percurso que já tínhamos feito.
O mapa da perdição. As setas a vermelho assinalam o caminho feito ao engano. 1500 metros com um desnível de cerca de 80 metros e, 15 minutos perdidos. |
Aí o grupo decide continuar pelo caminho onde seguíamos, e
eu tomo a opção errada de voltar para trás, subindo novamente o caminho por onde
tínhamos descido, até voltar a encontrar fitas.
A meio da subida entretanto, encontro outro grupo que vinha
também ao engano. Alerto-os para o facto e regressamos todos para trás.
Por fim encontramos o ponto onde terá ocorrido o engano e
voltamos a trilhar o caminho certo.
Nesta altura já estava resignado de que a prova para mim, tinha
terminado.
Tinha a noção de ter perdido cerca de quinze minutos, o que, por
muito que corresse, não daria para recuperar.
Enfim, são os riscos de ir com a cabeça no ar. ”Para a próxima abre os olhos” dir-me-ão os
meus caros amigosJ
Todavia, nem tudo se perdeu com este episódio!
Livre da pressão de querer fazer um bom tempo, bom tempo em
critérios pessoais obviamente, acabei por fazer um resto de prova muito
agradável, arriscando menos nas descidas, parando para tirar fotografias,
apreciando com mais calma as vistas deslumbrantes sobre o Rio Mondego, etc.
Tempo final de 2h27m para uma distância de 20,440 km.
No final um churrasco tipo aldeia do Asterix que, só por si,
já justificaria uma ida a PenacovaJ
Por fim, alguns aspectos que me ocorrem:
·
Organização de excelente nível, como já conhecíamos
aliás;
·
A alteração do nome de Corrida dos Moinhos de Penacova,
para Trail
dos Moinhos de Penacova não me agrada. Nada mesmo.! Julgo que a mania
dos Tugas de, preferirem usar palavras estrangeiras, não é muito feliz. Mas enfim,
é apenas uma opinião…
·
Método usado para o controlo “zero” um pouco discutível.
Não me recordo se nos anos anteriores foi assim, sinceramente;
·
Marcações do percurso relativamente boas. O engano
de que fui vítima ter-se-á devido apenas à falta de atenção;
·
Almoço muito, muito bom! Com uma cerveja de
barril geladinha, que caiu que nem ginjas!
·
A ausência de sombras é muito incómoda,
sobretudo com sol e calor intenso, como já estava à hora do almoço;
·
Não foram afixadas as classificações como
habitualmente. Desconheço as causas. Esperemos que sejam publicadas na página do
evento o mais breve possível;
·
A ausência de sombras, e o calor tórrido que já
se fazia sentir à hora de entrega dos prémios aos vencedores, não permitiu dar
à cerimónia, a honra e solenidade que estes mereciam. Parece-me que um
encerado do tipo usado nas feiras podia resolver o assunto. Fica a sugestão.
Balanço geral positivo, diria mesmo, muito positivo!
Até 2015 e boas corridas!
Aquecimentos e alongamentos |
O Rio Mondego e o alto de Penacova onde iríamos passar no início e final da prova |
Chegada aos segundos moinhos, Portela de Oliveira |
Auto retrato do escritor enquanto corredor de trilhos (também se poderia chamar "uma Sefie à americana") |
Moinhos da Portela de Oliveira |
Moinhos da Portela de Oliveira |
Subida final a Penacova |
Vista sobre o Mondego |
Outra vista desde o alto de Penacova sobre o Mondego |
Vista sobre a praia fluvial do Reconquinho. Partida e chegada no lado esquerdo do rio. |
Descida final |
Finalmente a ponte! Na outra margem, a Glória espera os vencedores. Os restantes, podem ter à espera as mulheres ou namoradas, ou até ninguém :) |
Recuerdos de mais uma visita à praia do Reconquinho - Penacova |
"O Paulo Amaro na Praia do Reconquinho". |
Gostei muito das fotos e adorei que a meta fosse junto a um rio. Não é fácil correr em Agosto, temos de ter motivação em jeito de banho fresquinho. :)
ResponderExcluirIsso de seguir os atletas da frente... Um erro básico que todos fazemos! É difícil ir atento ao percurso 100% da prova. Mas sei que pode ser desmotivador o engano, dependendo dos objectivos que se levam.
Essa espera pelo controlo 0 em cima da ponte é que também me preocupava um bocadinho! :)
Parabéns pela prova! Bjs
Uma zona muito bonita. Se continuar a existir empenho e vontade, esta prova tem futuro. No final é tradição dar umas braçadas no rio. Sabe mesmo muito bem! Bjs e boa preparação para a Serra d'Arga!
ExcluirEsta prova continuará a existir. Para o ano estão previstas outras novidades . Obrigado pela presença
ExcluirAinda bem que registaram as magníficas paisagens de Penacova e que foram bem acolhidos em mais uma edição da Corrida dos Moinhos.
ResponderExcluirPenacova Agradece!
Penacova é de facto uma terra magnífica! Voltaremos com todo o prazer!
ExcluirObrigado pela presença, pelos elogios e pelos reparos que nos permitem melhorar de ano para ano. Cá vos esperamos em 2015. Bruno fonseca - sector de desporto do município de Penacova
ResponderExcluirFoi o terceiro ano consecutivo em que participámos neste evento e com certeza que voltaremos. O acolhimento das gentes de Penacova é exemplar, as paisagens são belas, a corrida propriamente dita é de excelente nível, enfim, tudo bom! Lá estaremos em 2015 se Deus quiser!
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