Foto Oficial |
A participação na Meia Maratona de Lisboa calhou, quase que, como por
acaso.
Como estava (está) na agenda o Ultra Trail do Piódão no fim-de-semana
seguinte, não tinha sequer equacionado participar na prova de Lisboa.Porém, de forma inesperada, tive acesso a duas inscrições gratuitas, através de um concurso na empresa em que trabalho, concurso em que participei apenas para ceder a posição a um colega que queria mesmo ir à corrida. Entretanto, a sorte bafejou não só o colega Agostinho como também a mim.
Como a inscrição era dupla e, juntando um terceiro dorsal de um outro colega que à última hora resolveu não participar, rumei a Lisboa com o Samuel e o Paulo Amaro para a nossa estreia nesta prova!
É sempre bom regressar a Lisboa, mesmo já lá passando cinco
dias por semana J
Esta prova pode ter todos os defeitos que lhe quiserem
apontar, mas, o acto de passar a “ponte-a-pé” confere emoções únicas, não só pela
imponência da obra de arte, como pela vista da cidade a partir da ponte.
Quando a somar a tudo isto se tem a sorte de calhar um dia
de sol, torna-se de facto um momento inesquecível para os felizardos participantes!
Tínhamos sido prevenidos para estar na zona da partida o
mais cedo possível, devido à enorme multidão de atletas.
Pelas 08:15 embarcámos em Entrecampos num Fertagus rumo à margem sul. Já não havia
lugares sentados.
Em Sete Rios e Campolide o comboio encheu de tal maneira
que, quem estivesse com um braço no ar teria de ir até destino nessa posição!
Chegados à estação do Pragal tomámos caminho para as
portagens da ponte, cerca de 10 minutos a pé, onde chegámos bem antes das 09:00.
Nunca tinha ido para uma zona de partida com tanta antecedência!
Esta foi a parte mais aborrecida do dia. Mais de uma hora e
meia à espera; casas de banho insuficientes para tamanha multidão, um sol
despontante que começava a incomodar, tudo ainda acrescido com os nervos
próprio da ocasião.
Alguns episódios caricatos como de duas senhoras que, na
necessidade de ir ao WC e por indisponibilidade destes, resolveram escalar o
talude junto à beira da estrada para ir “à natureza”.
Este episódio não teria nada de mais se a rampa não fosse
quase na vertical e se, não estivessem uns milhares de pessoas, aborrecidas
pelo tédio natural da longa espera da hora de partida a assistir a estas escaladas!
Resultado, incentivo massivo às atletas da escalada e uma enorme salva de palmas quando estas atingiram o topo da
rampa! Não me enganarei muito se disser que tiveram mais aplausos do que o Mo
Farah no final!
Entretanto inicia-se a Meia Maratona.
Estamos na faixa da direita, onde a progressão é lenta e
difícil.
Vê-se a faixa da esquerda a fluir com maior rapidez. Começo a
pensar seriamente em saltar o Rail para o outro lado.
Não será no entanto necessário, porque a partir do meio da
ponte começa a haver algum espaço para correr a um ritmo decente.
A descida para Alcântara é feita a ritmos entre 4:07 a 4:10
min/km, o que dá para recuperar algum do tempo perdido no primeiro quilómetro,
que tinha sido de 5:40.
O resto da corrida não tem grande história.
Logo a seguir ao
primeiro quilómetro fiquei com uma pressa danada para chegar ao fim e seguia
pouco atento a pormenores. A paisagem também não tinha grande novidade para
quem morou uns anos na Calçada da Ajuda e fazia aquele trajecto diariamente.
O calor fazia-se sentir. Nos abastecimentos, a primeira água
da garrafa era para refrescar a cabeça.
Desde o Cais do Sodré que seguia em esforço. O corpo gritava
por descanso, e por vezes, apercebia-me que baixava o ritmo. Então, forçava o
andamento para baixar dos 4:30 min/km.
A parte que mais custou no entanto, foi a partir da passagem
em Belém.
Embora sabendo que o ponto de retorno era após Algés, custava
imenso olhar para a frente, ver um mar de gente e não vislumbrar o ponto
de regresso.
Por fim, termino a corrida com 01:34:44 de tempo oficial,
sendo o tempo líquido de 01:33:22. Muito bom!
Se considerar o tempo líquido tenho uma nova melhor marca
pessoal!
Quanto ao evento propriamente dito, é sem dúvida de bom
nível, tendo atractivos únicos, especialmente por ser a única ocasião em que se
pode atravessar a ponte a pé (gosto da expressão J).
Terá no entanto os aspectos negativos dos eventos de massas.
Muita gente, logística algo complicada, muitos participantes sem a mínima
preparação para a distância, e não me interpretem mal mas, demorar três horas
ou mais para correr uma meia maratona é definitivamente sinal evidente de falta
de preparação! Para já não falar nos níveis de sofrimento que se atingem numa
situação dessas!
Em resumo, gostei da prova e provavelmente voltarei a
participar caso tenha acesso a uma inscrição gratuita J
No final temos a “Equipa” com os seguintes
tempos líquidos:
Paulo Amaro-----------------01:30:14
Paulo Oliveira---------------01:33:22
Samuel Oliveira-------------01:36:07 (Com paragem para regar
a natureza J)
Agostinho Rodrigues------01:37:20 (Com paragem para apertar os atacadores)
Boas corridas!
Dorsal e medalha |
Grupo de cantares alentejanos à saída da estação do Pragal, marcando o ritmo ideal para fazer a prova J |
Sam e Paulo amaro |
L'Equipe |
O belo do gelado do final |
Estatística pessoal da corrida |
Sara Moreira - Foto Oficial |
Foto Oficial |
Pódio Feminino - Foto Oficial |
Pódio Masculino - Foto Oficial |
A Sara Moreira muito orgulhosa com uma medalha igual à minha - Foto Oficial |
espectáculo :)
ResponderExcluirFoi um dia muito bem passado!
ExcluirExcelentes participações! Parabéns!
ResponderExcluirUm abraço.
Obrigado! Um abraço
ExcluirParabéns!
ResponderExcluirConcordo com o que referiste: esta prova será sempre especial pelo seu enquadramento e beleza. Apesar de não a ter feito (cada vez fujo mais das provas ditas "de massas") aconselho-a a qualquer pessoa que queira fazer uma meia-maratona.
Abraço
Obrigado!
ExcluirBjs