Meia Maratona da Nazaré
E já vão cinco na conta pessoal!
Foi nesta prova que me estreei na corrida, em 2011, e se já
antes gostava desta simpática terra, ainda mais fiquei a gostar.
Esta prova calha uma semana após a Maratona do Porto, pelo
que ambições de recordes pessoais estão definitivamente fora de questão.
Ainda para mais, o traçado da Nazaré não é definitivamente o
ideal para tempos bons, devido à existência de algum desnível e por vezes de
vento contra !
Este ano, já quase se tinha perdido a esperança de que se
realizasse a Meia Maratona da Nazaré, uma vez que até muito tarde não havia qualquer
informação na página oficial. O facto de a Maratona do Porto se ir realizar no
segundo domingo de novembro, o dia tradicional da Meia da Nazaré, explicava
parte do anúncio da data, mas também se percebia que existiam outros
constrangimentos.
Finalmente já em
outubro, é anunciada a data da prova. Muitos atletas e clubes habituais já
estão inscritos noutras provas para esse fim de semana, o que se virá a
traduzir numa participação mais baixa do que em anos anteriores.
Bom, passando ao que interessa, o dia da prova amanheceu
solarengo com promessa de algum calor.
Levantados os dorsais, há tempo mais do que suficiente para
fazer um bom aquecimento na marginal da vila, onde gradualmente se ia juntando
a pequena multidão de atletas e caminheiros.
Devido à recente maratona do Porto ainda bem presente no
corpo, teria de gerir bem todos os aspetos começando pelo aquecimento. Sou
daqueles que detesta aquecimentos e alongamentos, mas bem sei a falta que faz
um aquecimento adequado.
Inicia-se a corrida às 11h00, estando por mero acaso posicionado
numa zona bastante dianteira, o que não é habitual.
O ritmo começa forte, tendo os primeiros quilómetros sido
feitos num ritmo de cerca de 4:15 min/km, o que para mim é quase voar!
O percurso da edição 2015 teve de sofrer algumas alterações devido
à existência de obras na marginal, estendendo a primeira “viagem” até à rotunda
do porto de abrigo, retornando então para dar a volta à vila, antes de sair
novamente rumo à aldeia de Famalicão.
A corrida, ia “correndo” relativamente bem até chegar à
ponte-viaduto, cerca do quilómetro 7.
Na subida para a ponte constato que as forças não estão a
cem por cento (nem a 50, ou a 40, J).
Baixo então o ritmo de forma brutal.
Na descida da ponte, não consigo recuperar o prejuízo, o que
geralmente consigo fazer.
Daí até final o registo é sempre o mesmo, pernas pesadas, o
cansaço a aumentar, vontade de parar, perder posições, etc..
Desde a altura da quebra que assumi como único objetivo
chegar ao fim sem caminhar. O tempo será o que for. Mudo o ecrã do relógio para
uma das combinações que tenho parametrizado, em que o enfoque é no ritmo
cardíaco, na distância percorrida e no passo médio.
A distância marcada pelo relógio também não coincidia com os
marcos colocados pela organização. A princípio não dei muita importância, uma
vez que é normal haver uma margem de erro nos GPS’s.
No final, havia muita gente a reclamar da aparente distância
excessiva. O meu relógio marcou 22,01 km.
Entretanto, nos dias seguintes, a organização veio admiti
uma falha na medição deste novo percurso, tendo ficado com 750 metros a mais do
que os habituais 21.097!
É um tipo de
situações de que ninguém gosta. Todavia, depois de todas as dificuldades que
houve para por de pé esta edição da Meia Maratona da Nazaré, que se baseia
sobretudo em trabalho voluntário da gente da terra, não me apetece sequer fazer
qualquer comentário acerca deste assunto. Acredito que a organização já teve
desgosto suficiente por ficar com esta mancha no currículo, e de futuro não deixará
voltar a acontecer.
Espero sinceramente que esta prova se mantenha por muitos
mais anos, continuando a ser um ícone do atletismo amador nacional.
Boas corridas!
Classificação da "Equipa" |
Paulo Amaro, 84º da Geral |
Paulo Oliveira, 200º da Geral |
Parabéns pela coragem de fazer uma Meia uma semana depois duma Maratona!
ResponderExcluirUm abraço
Diz-se que, quem corre por gosto não cansa! (não será bem assim, desta vez a parte final custou imenso... )
ExcluirParticipar na Meia da Nazaré, é como que uma festa!
Um abraço