A freguesia da Barreira, agora integrada na União de freguesias de Leiria, Barreira, Cortes e Pousos, situa-se a sul da cidade de Leiria com início na zona do Quartel Militar RA4.
A localidade da Barreira desenrola-se ao longo de uma estrada que se estende pelo topo de montes e colinas, até entroncar com a estrada da Batalha para Fátima.
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| Barreira - Leiria, o local de partida e chegada |
O Clube de Atletismo da Barreira organiza há 26 anos a sua corrida de estrada, numa distância de cerca de 10 km.
Esta corrida tem como é natural, características de declive próprio da zona, geralmente mal apreciadas por corredores tradicionais de estrada.
Mas enfim, é o perfil da zona e só há um remédio: Treinar!
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| O grande maestro desta prova - Jorge Agostinho |
Depois, existirão outros factores a contribuir para a baixa participação, como por exemplo a enorme quantidade de provas existentes, o facto de as provas curtas serem geralmente muito rápidas exigindo um tipo de treino mais duro do que o "jogging" praticado por 80 ou 90% dos corredores actuais (grupo onde me incluo), e por último, a falta de "glamour" de correr num sítio "normal" e não num MIUT ou num UTMB.
Que diabo! Que figura é que se faz, chegar ao escritório ou ao ginásio e dizer que se foi correr à Barreira, à Marinha Grande ou à Bajouca!
Ir a provas caras em locais exóticos é que dá estatuto!
Acho que é uma pena não haver mais participação nestas provas, e espero bem que as organizações não desistam de continuar a promovê-las.
Outro aspecto que acho bem realçar é o grau competitivo que se encontra nestas corridas, em comparação com as corridas de massas das grandes cidades!
O pessoal que corre por aqui não é bem praticante de jogging! São mesmo corredores à séria!
Enfim, eu não serei propriamente um exemplo de corredor nato, mas tive de suar as estopinhas para não me deixar ultrapassar no último quilómetro por um atleta M60 que não descolava, e que nem por isso foi o vencedor do respectivo escalão!
Saldo final positivo com um "honroso" 48º lugar de um total de 78 participantes.
Saudações desportivas e até para o ano!
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| Pódio Geral Feminino |
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| Pódio Geral Masculino |
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| Pódio por Equipas |
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| Em plena aceleração :) (Foto by Ana Afonso) |
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| O perfil da prova |
Tenho um enorme respeito e admiração pelos organizadores deste tipo de provas, que tanto têm feito pelo atletismo em Portugal e durante tantos anos!
ResponderExcluirUm abraço.
É bem verdade!
ExcluirUm abraço.
Ir a provas caras e exóticas dá estatuto? Hm.. por acaso não concordo nada com isso. Acho que há lugar para tudo, não se deve subvalorizar as provas "da terra" nem achar que o pessoal vai às outras pelo estatuto. Acho que cada vez mais as pessoas optam é por não ir aos trails da aldeia, ou trails do eucalipto, como eu lhes chamo. Não por causa do estatuto mas porque é realmente mais interessante correr em montanha a sério que nos corta fogos e eucaliptos. No entanto, na estrada acho que não se aplica mesmo nada. Reconhecidamente, as melhores provas de estrada são tudo menos as mais "comerciais". Olha, eu vou precisamente aos dois exemplos que referiste e no entanto uma das minhas provas preferidas são os 20km de almeirim, das mais antigas em Portugal. Ah, e não quero saber do estatuto para nada :P
ResponderExcluirOi Filipe! Repara nos números de provas históricas como da Meia da Nazaré e outras, que perderam participação aos magotes nos últimos anos, enquanto que as colors runs e outras "coisas" do género estão aí em altas! Também deverás concordar que a atração por provas "caras e exóticas" é maior do que correr cá dentro. Basta ver que há muitos atletas, alguns até conhecidos na blogosfera que não correm as maratonas em Portugal e fazem várias no estrangeiro, dessas em que a inscrição custa uma pipa de massa (mais viagens, estadia, etc.)! É a isso que me refiro. No entanto se a opção for fazer turismo desportivo e o dinheiro não for problema até eu gostava de ir todos os fins de semana para lugares “caros e exóticos”:).
ExcluirQuanto aos trails do eucalipto concordo contigo, mas a selecção natural pela qualidade encarregar-se-á do assunto, embora como bem sabes, há em Portugal oportunidades fenomenais para correr em montanha!
Um grande abraço e muito sucesso nessas aventuras que tens pela frente!
Compreendo perfeitamente a tua mensagem, e concordo em muita coisa. Eu sou da opinião que cada um deve escolher o que bem quiser (e puder), e com o tempo a escolha natural vai encarregar-se de colocar as coisas no devido lugar. Estes G.P. são organizados normalmente por clubes/atletas não tem como finalidade principal o lucro, e por isso costumam ser mais baratos, nunca tem muita publicidade, brindes menos vistosos, etc ... são provas onde os atletas federados competem uns com os outros, e depois há outros como nós que vamos lá no meio ... o nível é muito mais alto ... eu numa prova dessas se ficar a meio da classificação já não é nada mau, nas outras provas de massa fico sempre no primeiro 1/4 o que diz tudo, que vale o que vale ... 100 ou 1000, o importante é que haja provas e as pessoas possam escolher.
ResponderExcluirAbraço
Neste tipo de provas as organizações trabalham à moda antiga, preocupando-se muito(e bem) com o aspecto desportivo e competitivo e, debatendo-se com dificuldades financeiras para montar toda a operação. Não nos esqueçamos que estas provas envolvem sempre cortes de estrada e consequentemente a participação (paga) das forças policiais. Como referiste e bem, o preço de inscrição é geralmente muito mais baixo do que nas provas “da moda”, quer sejam em trilhos ou em estrada. Repara que em concreto, o G.P. da Barreira teve um custo de inscrição de apenas 8,50 €, com T-shirt e almoço incluídos!!!
ExcluirHá no entanto uma parte que falha um pouco e que é ao nível da divulgação e promoção. De facto, faz-se a parte mais difícil e importante e depois ficam a faltar aqueles “últimos 30 metros” dos posts no facebook e outras cenas cybernéticas. Repare-se por exemplo na Maratona do Porto que, ao longo do ano vai alimentando as redes sociais com uma foto, uma notícia, enfim, qualquer coisa para manter a chama acesa e não deixar esquecer a comunidade de que lá para Novembro acontece o grande evento! Que custo é que isto tem? Zero, nada, e o retorno pode ser significativo.
Quanto ao nível competitivo nestas provas, em que todos ou quase todos os participantes são federados, é de facto superior ao das provas de massas. A realidade também é outra. E como referiste, ao analisarmos a nossa prestação nessas grandes provas, tipo Maratona do Porto ou de Lisboa podemos chegar a convencer-nos de que corremos alguma coisa, tal é o lugar relativo em que ficamos na tabela, mas depois vamos a uma prova do tipo “G.P. de Alguidares de Baixo” e levamos com uma lição de humildade, para nos fazer regressar à terra!
Abraço
Pior que os sexagenários apenas os septuagenários e ainda os ...octagenários!
ResponderExcluirDesde que vou eu a morrer e 7 ou 8 septuagenários passaram por mim em modo treino e na converseta...é a minha esperança de finalmente correr alguma coisa! Se lá chegar...
As provas de "aldeia" têm outro valor até pelo esforço feito pela organização, mas lá está, ou sao desconhecidas ou não têm ritmo para o facebuqueRunere, e é isto.
E olha que o "GP de Alguidares de Baixo" têm uma estirpe competitiva que muitas marginais não têm ;)!
Abraço
Bom, muitos destes atletas com mais idade têm um percurso no atletismo com várias décadas, tendo feito nos seus tempos áureos resultados muito bons.
ExcluirSão pessoas que mantiveram o gosto pela corrida, continuando a treinar q.b. para ir participando nestas provas de que tanto gostam. Depois há outros factores, relacionados com questões geracionais; no tempo deles a vida decorria de um modo muito mais físico e saudável, de certeza que não passaram a infância e adolescência a enfardar hambúrgueres em frente ao computador :)
E de facto, o atleta facebookiano leva tareias monumentais quando se mete nestas andanças! Por isso é que é mais prudente ir a color'runs :)
Abraço