segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Um pouco de História Natural...


No resumo das actividades do fim-de-semana, vou meter uma colherada de História Natural. Mais propriamente acerca de dinossauros.
Não tem que ver com Presidentes de Câmara (ou Presidentes da Câmara; atenção porque são coisas diferentes!), mas com animais que andaram pela Terra há milhões de anos atrás.

Em Portugal há diversos locais onde podem ser vistos sinais da existência, ou da passagem destes animais, por exemplo, na Praia Grande-Sintra, Praia da Salema, Cabo Espichel, Pedreira do Avelino- Zambujal, Cabo Mondego-Figueira da Foz, Pedreira do Galinha- Ourém, etc..
No treino de sábado andou-se pela Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, tendo-se passado pelo Cabo Mondego e, pela primeira vez desde há muito tempo, parou-se um pouco para mirar as ditas pegadas de dinossauro.
À esquerda, a lage das pegadas de dinossauro


Uma pegada em ponto grande
O local onde estão as pegadas é uma grande placa de rocha, inclinada a cerca de 30⁰, onde são visíveis de forma clara várias filas de pegadas, parecidas com as pegadas de aves. Esta parecença não é novidade, pois sabemos que as aves são um dos ramos dos dinossauros que conseguiu sobreviver à quase extinção daquela espécie. E escaparam aparentemente por terem um cérebro mais desenvolvido que as espécies maiores e por isso poderem adaptar-se melhor a novos ambientes, por serem de menor dimensão e portanto necessitarem de menores quantidades de comida, por terem a capacidade de voar e por isso terem mais facilidade para mudar de habitat e também por serem animais endotérmicos, suportando melhor as alterações climáticas.
Portanto minhas amigas e meus amigos, quando estiverem a comer um franguinho de churrasco, lembrem-se da carga histórica que esse almoço tem!

As pegadas do Cabo Mondego são de uns simpáticos dinossauros chamados terópedes, que eram carnívoros e podiam ter 3 metros do solo à anca!
Viveram há cerca de 158 milhões de anos.

Quanto ao treino propriamente dito, iniciou-se nos passadiços de madeira da Praia de Quiaios, continuando pelo areal da praia e, aproveitando a maré baixa, fomos entre as rochas e a água mesmo até à zona das pegadas de dinossauro. Ali tivemos de deixar a praia uma vez que a maré estava a subir e seria arriscado continuar em frente.
Depois foi trilhos e mais trilhos, num sobe e desce constante, com muito calor, pelo que, quando terminámos ao fim de 3h40m não podíamos com um “gato pelo rabo”.

O Red Cross Trail deverá passar por muitos dos trilhos que calcorreámos, o que quer dizer que terá um bom grau de dureza, com certeza.
Para quem participar vai ser um dia esplendido, independentemente da classificação que se conseguir obter!

Boa semana e bons treinos!


Início de treino cheio de boa disposição

Passagem do Cabo Mondego na maré baixa

Não deve ser muito agradável ser ser apanhado nesta zona pela maré...

As pegadas dos dinossauros...


 
 
 



 

2 comentários:

  1. Nunca vi as pegadas pegadas na rocha.Eu que gosto dessas coisas, até parece impossivel
    Bons treinos

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    1. Simples! Combinamos um treininho na Figueira e faz-se "2 em 1". Tem é de ser nas calminhas, porque eu não tenho a vossa pedalada...
      Boa semana!

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