domingo, 26 de maio de 2013

Lesões e variações de treino


Desde terça-feira que estou em modo Off na corrida.

Após o último fim-de-semana, sentia algumas dores nos gémeos, e embora não alarmante, dei folga na segunda-feira. Na terça, fui para a passadeira ,como é habitual em dias de semana, iniciei (sem aquecimento como habitual) devagarinho, aumentando gradualmente a velocidade chegando aos 2 km de treino a 12km/h, então subitamente dá-me uma dor forte nos gémeos da perna direita ,que me obrigou a parar. Paro, alongo, massajo e parece-me que dá para continuar…continuo até aos 5 km a um ritmo super baixo, mas a dor continuava lá, suave.., talvez por estar quente ainda. Quando os músculos arrefeceram, estava com um “andar diferente” (favor não confundir com outros tipos de andar…).

O resto da semana foi passado com a companhia do gel Diclofenac e, um ou outro brufen.

Chega-se ao fim de semana e há no entanto que fazer qualquer coisa.

Começa bem, com uma ida à oficina, porque o carro resolve ser solidário com o dono, isto é, se tu estás doente, eu fico avariado…  deixo o carro e vou a trote para a piscina municipal que fica a 3.5km. Verifico que as dores nos gémeos já não são impeditivas para correr devagar (9-10km/h), mas mesmo assim tenho de parar uma ou duas vezes.

Leiria - Castelo visto a partir da Sé
Na piscina, há apenas uma pista disponível para utilizadores de regime livre, visto que as restantes 7 ou 8 estão ocupadas por escolas de natação de Leiria. O resultado é, ter de se partilhar a pista com mais 3 ou 4 nadadores, o que não gosto muito, devido à natural diferença de ritmos de cada um.

Não é que não conheça esta situação. Quando morava em Lisboa, frequentei várias piscinas municipais e, aí era frequente nadarem 10 pessoas numa pista. Onde ia mais frequentemente, na Penha de França, chegava a irritar, porque nas pistas reservadas, por vezes estavam apenas um instrutor e um aluno, enquanto que na pista pública andávamos a dar chapadas e pontapés uns aos outros..

Mais tarde descobri uma pequena piscina na Junta de Freguesia de S. Vicente, que apesar de ser realmente curtinha, não tinha este tipo de chatices.

Além destas, e numa altura anterior, frequentei o Holmes 5 de Outubro durante uns 3 ou 4 anos, onde a piscina era muito simpática, apesar de só ter 20 metros de comprimento e 1,2 metros de profundidade. Foi um período interessante; costumava ir nadar de manhã, antes do trabalho, e voltava à noite para “malhar” nas passadeiras, bicicletas estáticas e elípticas, bem como nos bancos de musculação. Refiro apenas que, apesar disso, nessa altura não conseguia correr mais de 20 minutos seguidos, nem, diga-se em abono da verdade, estava muito interessado em tal "disparate" (quem te viu e quem te vê,...9 horas nos Abutres...).

Bom, mas voltando ao dia de hoje, …lá nadei 1.500 metros, em crawl, bruços e costas, sem grande estilo ou eficácia, mas saí da água muito bem disposto.

Voltei a pé para a oficina, tirando fotos pelo caminho, levantei o carro, ficando também 120€ mais leve (é por isso que o povo diz "Aéreos" em lugar de Euros ).

Uma vez que estava sozinho em casa, resolvi ir até à Nazaré da parte da tarde, para esticar os ossos ao sol, mas a toda a cautela e, para o caso de não dar para fazer praia, meti a bicicleta na mala do carro.

Na praia, o vento estava um pouco forte, acabando por não suportar muito mais de uma hora o bombardeamento de areia, que mais parecia lixa na pele.
Praia da Nazaré

Então, ainda bem que tinha a arma secreta no carro, a Bike, bicicleta, ou ainda: “La Ginga “

 
Nazaré vista do Sítio
 
Fez-se então um passeiozinho muito agradável, subindo ao Sítio, andando por lá a “cheretar” em todos os becos, descendo ao farol, voltando a subir, descer para a Nazaré, seguindo o trajecto da Meia Maratona até Famalicão. Em Famalicão vê-se uma placa a apontar para uma Praia do Salgado, o que implicaria subir uma boa rampa de 3 ou 4 km,… então nem se pensa duas vezes ( um problema muito frequente desde pequeno…), vai-se logo de cabeça…

Um total de (apenas) 28km de pedaladas, numa tarde soalheira mas ventosa e algo fria.

Boa semana!

Algumas fotos de hoje....

Zona pedonal de Leiria - Quem não corre... cristaliza...

Arquitetura"modernaça" das piscinas municipais de Leiria

Uma das entradas avançadas da parte amuralhada de Leiria

Entrada do Castelo de Leiria

Vista de Leira - Sé à esquerda

Outra vista do Castelo

Placa patente no edifício branco da foto anterior




Farol da Nazaré

sábado, 18 de maio de 2013

Primavera invernosa


Parece que definitivamente o inverno não nos quer deixar, está toda a gente a bater o queixo com frio novamente.

Apesar de tudo, há por esse mundo fora climas mais agrestes, e isto porque, nesta semana que passou, tive uma reunião de trabalho com um fulano austríaco que estava todo encantado com o tempo “maravilhoso” que estava cá em Portugal. Apeteceu-me apertar-lhe o pescoço!!! Mas em boa verdade, ele tinha as suas razões, porque, a julgar pelo que disse, lá na terra dele o tempo está bem pior…

Pessoalmente, não me dou bem com o frio e, de manhã torna-se mais apetecível ficar na caminha, do que ir correr…, durante a semana fiz apenas dois treininhos de meia hora…é pouco…

Por isso, hoje, Sábado, tinha de fazer qualquer coisa mais longa, mas devido à falta de treino também não podia abusar, optei então por fazer uma volta que não sendo em alcatrão, também não é propriamente Trail. Quanto à distância, fui novamente para um formato de meia-maratona, uma vez que a próxima prova em que vou participar é a meia maratona da Figueira da Foz, e preciso de alterar um pouco o tipo de passada, demasiado “trailista”, para uma passada mais larga e adequada a “velocidade”.

Assim, lá fui eu, até ao início do passeio pedonal de Leiria, junto ao IMTT e aí comecei a correr. Primeiro devagarinho, uma vez que sou avesso a aquecimentos (outro aspecto em que me tenho esforçado por melhorar) e, gradualmente, aumentando o ritmo, sem no entanto forçar muito. Uma garrafinha de chá verde na mão (embora tenha sido descoberto recentemente que o chá não tem hidratos de carbono, Eh! Eh!), e num bolso, um cubo de marmelada da Decathlon.

O tempo não colaborava muito, com frio, vento,… mas pelo menos não choveu…

Já em casa e, quando estava a actualizar os registos da corrida, fiquei “grudado” ao streaming do Ultra Trail de S. Mamede, que estava debitando notícias do desenrolar da prova.

Mais uma vitória do Luís Mota, que ainda há duas ou três semanas venceu os 160 km do “Oh Meu Deus” na Serra da Estrela!!! ....... Incrível!!

Mais tarde começam a chegar os atletas de pelotão, alguns que já conheço de outras provas e, que têm um ritmo muito parecido com o meu. Então começam a germinar algumas ideias perigosas,…, do tipo: “se eles podem, eu também podia ao menos tentar…”.
Veremos se para o ano não me meto em alguma alhada …

Fiquem bem e boa semana!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

23º Grande Prémio de Atletismo da Barreira


Barreira,
arredores de Leiria,

É uma freguesia do concelho de Leiria cujos limites vão até à entrada da cidade, mais concretamente até ao quartel do regimento de infantaria 4.

Antes da prova, fase de aquecimento
A localidade da Barreira dista a cerca de 4 km de Leiria e, nos últimos anos, devido à construção de novas urbanizações, poder-se-á admitir que está praticamente integrada na zona urbana.
Foi também a esta terra que chegou há cinco anos, um humilde cidadão do mundo, nascido na Bairrada, após viagem com escalas na Covilhã, Coimbra, Figueira da Foz e Lisboa.
…. Moi!...
A Barreira, através do seu Clube de Atletismo, organiza há já 23 anos, uma prova de corrida, com cerca de 10 km. Esta corrida inicia-se e termina no centro da localidade, percorrendo alguns lugares da freguesia.

Outra vista da zona da meta, durante o aquecimento. Note-se o declive; a chegada foi no sentido em que se vêm os atletas a correr
Além da prova principal, havia lugar também a provas de juniores e juvenis, bem como de uma caminhada.
A orografia algo acidentada desta zona também não é muito favorável a “recordes “ de velocidade.. A distância de 10,4km pode também parecer um pouco estranha, seria talvez mais interessante ser um número redondo, tipo 10 km, para efeitos de “currículo” e comparação com outras provas. Para mim no entanto, é” igual ao litro”, não tenho qualquer interesse em marcas e, quem faz 10km, também faz mais 400m.

Hoje a equipa do PelaEstradaFora esteve presente com apenas metade do seu efectivo, uma vez que o resto da equipa foi participar noutro evento, de outra equipa a que também pertence, embora noutra modalidade. Resumindo, fui ao G.P. da Barreira “by myself”.
Confesso que corridas “curtas”, como esta, e, com umas subidinhas pelo meio, não são propriamente os terrenos onde me dou melhor. Mas enfim, temos de colaborar com as actividades da terra, senão um dia estas coisas acabam por se extinguir. Só para ilustrar o que acabo de "dizer", do ano passado para este ano, a prova perdeu 35 participantes (de 220 para 185)! E pelo que me contam,  já teve noutros tempos bem mais participação!

Bom,.. vamos ao que interessa. 
O início da prova estava marcado para as 10h30. Às 9h00 estava no secretariado para levantar o dorsal. Voltei a casa, deixei o carro, comi umas torradas acompanhadas com chá verde, equipei-me, e saí para a rua de peito feito!  Como ainda tinha tempo, fui a correr/trotar/aquecer, até ao local da partida.

10h30, tocam a buzina para a partida, e lá fomos à luta!
O início foi em direcção a sul, subindo ligeiramente até ao fim da localidade, depois um ligeira descida e a seguir, nova subida, esta bem “jeitosa”. Recorde-se que estamos a falar de uma corrida de estrada e não de uns “Trilhos dos Abutres”, daí alguma relatividade da inclinação da subida !!

A seguir ao 2º quilómetro começa-se a descer e tem de se aproveitar para recuperar algum do tempo perdido e, assim se vai mantendo o registo até ao 6º quilómetro.
Do 6º ao 9º quilómetro, que é o caminho até ao quartel de Leiria e respectivo retorno, a dificuldade não é significativa.

Todavia, a partir do 9º quilómetro e até à meta, são 1.400m sempre a subir! Mas já com o cheiro da meta no ar, dá-se o “tudo-por-tudo”, chegando ao final com os batimentos cardíacos no vermelho e, até com a vista um pouco turva.
No final, a maioria dos participantes das provas foi ficando por ali, aguardando a cerimónia da entrega dos prémios, havendo no ar um genuíno ambiente de festa.

A entrega dos prémios aos respectivos vencedores teve a ilustre presença do Sr. Presidente da Câmara de Leiria, o Dr. Raul Castro (não, …não é o irmão do Fidel Castro), bem como do Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Barreira (e esta,… veio-me à memória aquele sketch do Herman, “eu é que xou o pprrresident…”).
O vencedor foi o atleta do AC Vermoil, Bruno Gaspar, com 35m01s, em 2º ficou o atleta da casa, Jorge Aires, com 35m22s e, em 3º lugar, Jorge Marcelino do ID Vieirense, com o tempo de 36m38s.
Pódio masculino

Nas senhoras  ganhou a atleta da casa, Carina Matias, com o tempo de 42m55s, seguida de Dionilde Costa do AC Vermoil com 49m12s e, em 3º lugar, Salete Guarda da Juventude Vidigalense com o tempo de 51m04s.
As vencedoras Seniores
 
O pódio das Veteranas
 
Para rematar estas linhas, quero felicitar o Clube de Atletismo da Barreira pela organização desta prova, que diga-se em abono da verdade esteve impecável e, está provado  também, que este clube e estas pessoas  são tão boas a organizar quanto o são a correr!!
Em termos pessoais, a prova acabou por correr melhor do que o esperado, tendo feito os 10,4km em 44m37s, 73ª posição da geral.
 

Bem hajam e até para o ano!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

I Trail Nabantino - Tomar


Hoje foi dia de viajar até à cidade de Tomar.

Já não ia a esta cidade há cerca de 20 anos, e as memórias são já um pouco vagas e nebulosas…

Este Trail foi uma organização do União Futebol Comércio e Indústria de Tomar (UFCIT), com o apoio do Regimento de Infantaria Nº 15 e da Câmara Municipal de Tomar.

Estátua de homenagem ao paraquedista
Destacar para já, a excelente organização, o que para uma primeira edição é surpreendente.

O trajecto foi bem escolhido, passando por zonas muito bonitas, boas sombras, proximidade de zonas de água e, não era de dificuldade assinalável.
Passagem junto ao aqueduto dos Pegões.  Foto: Vitor Sobreirinho
 
No ”reverso da medalha”, todas estas características originariam que a prova seria feita praticamente toda a correr, sendo até mesmo um pouco rápida, sem as habituais quebras associadas às subidas, ou escaladas, típicas de outras provas de Trail.


Igreja do Convento de Cristo
Teve também a estreia de mais uma equipa de Trail Running, denominada “PelaEstradaFora” que, poderá ainda vir a dar muito que falar!!(eh!eh!)

O atleta de elite desta equipa, Paulo Amaro, conquistou o 32º lugar, com o tempo de 2h24m58s, ficando o outro elemento da equipa, Paulo Oliveira, em 60º lugar com o tempo de 2h40m56s.

Paulo Amaro, 32º classificado
Partida, chegada, banhos, almoço, etc., no Quartel do Regimento de Infantaria nº15. Belíssimas condições para receber este tipo de eventos!

Muito Bom! Recomenda-se em 2014!!
Outra vista do aqueduto dos Pegões
Boa semana e Boas corridas!!