quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A tecnologia boost © nas bolachas não me convence…


Todos os anos por esta altura, deparo-me com um apetite acima do normal.
Pode haver vários motivos, mas de facto, se não tenho cuidado, acabo por ganhar uns quilitos  além do normal.

Para quem tem uma maratona de estrada a dois meses de distância, o aumento de peso é um problema muito sério!
A maratona é aquele tipo de prova em que o fator peso mais conta, na relação peso-força.

Portanto cada grama parece uma tonelada quando passamos além do quilómetro 35, ou por aí perto…
O aspeto mais difícil de controlar na alimentação não reside nas refeições propriamente ditas. Nesse campo, e desde que optei por levar o almoço de casa, o assunto está controlado, em quantidade e qualidade.

O pior é mesmo o lanchinho a meio da tarde!
Uma das medidas para tentar contornar a questão, é não ter nada de muito apetitoso à mão de semear.

Não pode haver na gaveta bolachinhas crocantes, biscoitos de manteiga, chocolatinhos, e por aí adiante.
A compra do lanche deve privilegiar o mais básico possível, tipo bolachas de água e sal, crackers, bolacha maria, de preferência de marca branca por serem menos apetitosas e fruta.

Haverá outras opções embora menos práticas para guardar na gaveta ou na mochila se for caso disso.
Há uns tempos, na perseguição da bolacha perfeita, aquela que não engorda e é saborosa , vi umas bolachas de arroz com a aparência da famosa tecnologia da sola boost da Adidas.

Flagship da Adidas em termos de sola. A tecnologia boost©

Resolvi comprar. Pareceu-me boa opção por ter um aspeto de sola patenteada…

Bolachas de arroz tipo "boost"
A primeira impressão é a de estar a comer esferovite com sabor a pipoca!
Não são más. Engordam pouco e ficam económicas.

De facto, ser tiver apenas estas bolachas na gaveta, elas duram e duram…
Há dias em que prefiro passar fome, a ter de as comer!

É por isso que digo que “A tecnologia boost nas bolachas não me convence…”, eh eh!
Ai Maratona, a quanto obrigas…

Bons treinos!

domingo, 13 de setembro de 2015

Longuinho de fim-de-semana



A Maratona do Porto aproxima-se rapidamente.
O plano de treinos tem sido um bocado ao sabor do vento; não tenho conseguido a regularidade ideal, nem tão pouco disponibilidade para treinos longos.

A última atividade com mais de vinte quilómetros já foi há mais de dois meses!
Para completar o ramalhete, tive uma semana com algumas dores lombares não sendo certo se estaria em condições de correr no fim de semana.

Acabou por correr bem, estando no sábado já em condições razoáveis para ir “fazer o gosto à sapatilha”.
Embora tenha ainda uma prova de trail (AX Trail K51) antes da Maratona do Porto, a prioridade absoluta é para o treino em estrada.

 A propósito deste assunto continuo a achar que a Maratona é o tipo de prova mais duro em que tenho participado.
Nos trails há sempre uma zona técnica onde se recupera a respiração, ou até, imagine-se, uma rampa para descansar subindo a caminhar!

Na Maratona só há uma zona técnica para descansar!
Chama-se Meta.

Até terminar, o corpo vai passando por diversas fases crescentes de cansaço, desgaste, exaustão, dor, chegando ao esgotamento no famoso “Muro” dos 33 Km, e daí até à meta será a vontade, a gana e a teimosia que nos farão alcançar o sucesso, o que para cada um será terminar dentro de um tempo minimamente consonante com o desempenho conseguido nos primeiros dois terços da prova.
Daí considerar, pela “vasta” experiência de quatro maratonas até à data, que é de facto a prova mais dura em que participo.

No sábado, fui treinar para a Ecopista de Porto de Mós que tem um piso e perfil de terreno com características muito boas para o tipo de treino pretendido.

Esta Ecopista é o aproveitamento de uma antiga linha de caminho-de-ferro desativada há mais de cinquenta anos, sendo por isso de desenho bastante retilíneo, obviamente com uma curva para inverter o sentido geográfico uma vez que o percurso sobe a Serra da Pevide desde a cota de 215 metros até aos 400 metros e tem um comprimento de cerca de oito quilómetros.
Portanto, é um treino de oito quilómetros em força e, oito quilómetros em velocidade.

Na fase de subida programei o “Parceiro Virtual” do Garmin 310xt para os 5 min/Km.
Início da Ecopista de Porto de Mós. Cota de 215 m 

Não consegui manter o ritmo, começando a perder terreno sensivelmente a meio da subida, e terminando com duzentos metros de desvantagem para o relógio.
Após dez minutos de descanso no lugar da Bezerra, términus da antiga linha de caminho-de-ferro, iniciei o regresso, com o Parceiro Virtual programado para 4:37 min/Km, ritmo que gostaria de conseguir na Maratona.

Como, para baixo era a descer (passe o pleonasmo J), consegui obviamente ganhar ao meu “parceiro”, mantendo um ritmo cerca de 4:20,4:30 min/Km.
Gostei bastante de treinar na Ecopista de Porto de Mós, voltarei com certeza.

Pelas suas características de piso, tem as vantagens do alcatrão no sentido que, permite-nos concentrar em absoluto no desenvolvimento da passada, sem preocupações de “escolher o chão onde pôr o pé”, e por outro lado, devido a ser um piso de terra batida, não há o impacto no “esqueleto” característico de pisos mais duros. Boas notícias para quem anda com dores nas costas J
Distância total do treino: 20,28 Km; ritmo médio de 4:51 min/Km.

Bons treinos e boa semana!
 

(Mais fotos em: https://www.facebook.com/#!/groups/1395921600698395/)

 


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

8ª CORRIDA DOS MOINHOS DE PENACOVA


30 de Agosto de 2015
 
Aconteceu mais uma vez a corrida dos Moinhos de Penacova.

Pela quarta vez, também a  “equipa”  do PelaEstradaFora fez-se representar, tendo obtido um pódio de escalão, o 10º lugar do escalão M45 pelo Paulo Amaro.

Pois é! Podem questionar como é que o vencedor deste escalão no super difícil Ultra LouzanTrail fica aqui em 10º lugar?

De facto esta prova é muito, mas muito competitiva!

Estão aqui os melhores corredores de montanha do país!

Já tinha referido em posts anteriores que esta prova pertence ao circuito nacional de montanha, e por esse motivo, há diversas equipas que se dedicam a este campeonato de forma quase profissional.

Depois, não confundam este tipo de provas com os trails que estão muito na moda por esse país fora. As corridas de montanha caracterizam-se por se desenrolar praticamente por caminhos e estradões, sendo a parte do percurso em carreiros (single tracks em dialeto de trail) relativamente pequena.

No trail o objectivo é precisamente o oposto, e que pessoalmente prefiro, mas faz parte das características de cada conceito de corrida.

Estas características conferem às provas de montanha uma maior rapidez relativamente ao trail (para quem tiver pernas…) uma vez que não há zonas muito técnicas, afunilamentos, passagens agarrados a cordas, atravessamento de pântanos com lama pela cintura (esta é para os Abutres 2015 J), em conclusão, pode-se fazer a prova toda a correr, e há quem o faça!

Também referi em anos anteriores que, não se vê por aqui a feira de vaidades do mundo dos trails.

Há por aqui menos “Lasportivas Raptores”, “Salomones  Spidecroçes”, bastões de carbono desenvolvidos pela NASA, selfies com GouPrós! Enfim, não há aquele glamour próprio de um UTMB, MIUT ou coisa que o valha (ok ok, pode ser um bocadinho de pena de não ter €€€’s para tudo isso J)!

Na Corrida dos moinhos de Penacova simplesmente encontramos boa gente que gosta de correr.

Muito bem, como era a quarta vez que aqui vínhamos, já havia a noção das dificuldades e das partes do percurso onde se poderia ganhar tempo, podendo assim ir fazendo alguma gestão do esforço ao longo da prova.

A base das operações foi como habitualmente a praia fluvial do Reconquinho.

A partida deu-se na margem norte do rio Mondego, evitando a passagem da estreita ponte pedonal sem corrimão de um lado, em pleno início de prova.

Escusado será dizer que foi uma excelente ideia.

Depois “Acentuada subida inicial, em direção à zona histórica de Penacova, e posterior descida à Quinta da Ribeira, pela escadaria de acesso a esse local, seguindo-se alternância de subidas e descidas percorrendo trilhos pedestres, veredas, caminhos e estradas municipais que levarão os participantes a passar pela Ribeira da Presa, Ponte da Galiana, fornos de cal de Casal de Santo Amaro, núcleo de moinhos de vento de Gavinhos, Espinheira, núcleo de moinhos da Portela (ponto mais elevado do percurso - 476 metros), moinho do Aviador, Ponte e Quinta da Ribeira, ponto a partir do qual os atletas irão efetuar o percurso inicial, em sentido contrário até à meta, instalada na Praia Fluvial do Reconquinho, com meta instalada poucos metros após a passagem da ponte pedonal sobre o rio Mondego.” –  in Regulamento da Prova
Abençoado Copy/Paste J

No final, o habitual almoço de churrasco “à discrição”

O facto de a duração da prova ser relativamente pequena e chegarem todos os atletas antes do meio-dia, conjugado com a oferta do almoço aos participantes, promove um convívio no final que não tem paralelo na maioria das provas de trail, com algumas excepções, como por exemplo os Trilhos Loucos da Reixida e outras, em que se verificam aqueles dois pressupostos.

Parabéns à Organização e aos atletas, que fizeram deste dia uma festa da corrida!

Vencedores Geral Masculino


Vencedoras Geral Feminino

Vencedoras Elite Feminino
 
Paulo Amaro no pódio M45 com uma T-Shirt da concorrência :)

LUGAR DORSAL NOME CLUBE Lugar Escalao ESCALÃO TEMPO
60º 180 Paulo Samuel Jesus Amaro PelaEstradaFora 10 M45 02:01:44
87º 181 Paulo Daniel Jorge Oliveira PelaEstradaFora 16 M45 02:09:58