terça-feira, 29 de outubro de 2013

Falta uma semana para a Maratona do Porto!

Os últimos treinos semi-longos para a Maratona do Porto foram feitos no fim-de-semana.
O grande segredo para correr a maratona...
Foram 25 Quilómetros no sábado, 16 no domingo, num ritmo descontraído (eg. lento)…
 
Treino de Sábado


Treino de Domingo...
Alguma apreensão à mistura com um nervoso miudinho crescente…
Durante os treinos de fim-de-semana, as dores nos gémeos, no tendão de Aquiles e nas canelas voltaram a dar sinal…

Hummm…  mau mau Maria…. (bad bad Mary, in english…)
Será a segunda maratona de estrada. Nos trilhos já tenho outras maratonas, mas não é bem a mesma coisa…

Em estrada impõe-se um ritmo cardio-respiratório superior ao dos trilhos. Não há subidas para fazer a caminhar, chão traiçoeiro para ter atenção, paisagem para admirar, passarinhos para ouvir cantar, ..etc.,etc.,.. apenas alcatrão para “devorar” à velocidade que as pernas e os pulmões conseguirem aguentar…
Hummm,…não gosto muito de corridas de estrada,… ou melhor, gosto mais de trilhos… a estrada é para corredores a sério, o que não é o meu caso…

"Tenho a sensação que hoje não é daqueles dias..."
Além disso há outro problema,…
Estreei-me na Maratona em Lisboa no ano passado, com 3h25m, o que é um tempo “canhão” para quem nunca correu na vida!

 E agora?... Conseguir sequer igualar aquele tempo será uma empreitada “mui difícil”…quanto mais melhorar…
Mais ou menos como vou estar na parte final da maratona...

Enfim, não será a coisa mais importante do mundo; vou apontar baterias para a faixa das 3h30 e as 4h00, mas não prometo nada…
 São dúvidas e incertezas de um atleta de fim- de-semana antes de uma maratona!

Se mais nada se aproveitar, pelo menos, vou conhecer um pouco do Porto, cidade que não tem estado nos meus roteiros de passagem e que merecerá uma boa visita!
A maratona tem início na zona do Pavilhão Rosa Mota, desce a avenida da Boavista, vai a Matosinhos, regressa pela marginal até à ponte D. Luís, vai à Afurada e regressa pelo mesmo caminho até ao Parque da Cidade onde termina.

Boa prova para quem for e lembrem-se: “a ponte tem uma passagem…prá outra margem”


Ufa... até que enfim...estava a ver que a corrida nunca mais terminava...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Plano de treinos para a Maratona do Porto


Iniciei este fim-de-semana, o plano de treinos para a Maratona do Porto de 2013.
Obviamente (e com razão…) que os puristas da corrida vão dizer que este procedimento é altamente incorrecto, que este plano não se encontra em nenhum manual de atletismo, que não é possível fazer um plano de treinos para a maratona em apenas duas semanas, etc., etc.

Ok, ok! Têm razão em tudo! Sei que será difícil ganhar, mas tudo bem na mesma! O objectivo mesmo é, participar, viver aquele ambiente e,…chegar ao fim.
De qualquer modo, tinha planeado para este fim-de-semana, fazer pelo menos um treino da categoria “Longão”, de modo a aferir as condições físicas actuais.

Tinha lido há uns dias um comentário do (ex?) atleta J. Branco, em que referia que nos seus tempos de corredor fazia treinos em jejum para simular o esgotamento das reservas energéticas que se manifestam a partir dos km30-33, pelo que resolvi também fazer uma experiência desse género, embora não tão radical. Recordo que não sou purista e em corridas longas levo sempre uns géis e umas barras de cereais!
Assim, após um pequeno-almoço ligeiro e munido apenas com uma garrafinha de água, meti as Nike Zoom Vomero ao caminho e lá fui eu, seguindo junto ao Rio Liz, fones nos ouvidos e olhos no relógio, tentando manter sempre um passo abaixo dos 5 min/km.

A primeira peripécia do treino dá-se aos sete quilómetros!
Numa estrada rural, a certa altura, estavam dois cães à entrada de uma quinta e que, se põem a ladrar quando me avistam ao longe.

As casas da quinta ficam retiradas umas centenas de metros da estrada; não se viam os donos nem qualquer pessoa, e os sacanas ladravam desalmadamente antevendo já o sabor das minhas canelas!
Parei a cerca de 100 metros para avaliar a situação, não haviam paus à vista só canas, os animais de pêlo preto e focinho castanho tinham um porte considerável, pelo que resolvi não entrar num conflito em que estava em clara desvantagem. Inverti o sentido da marcha e alterei mentalmente o Roadbook do treino.

Em consequência deste episódio, fiquei bastante irritado e até esquecer o incidente, durante um bom bocado, ia a equacionar mandar o treino às urtigas.
Irrita-me este tipo de situações! Os donos de cães, mesmo de raças perigosas insistem em soltar os animais, e como resultado, de vez em quando lá aparece mais uma notícia de alguém que morre após ataque de cães!

Bom, continuei o treino apesar de tudo, tendo seguido para uma zona que não conheço bem mas que sabia ser plana.
Aos quinze quilómetros, a segunda peripécia, esta agora de carácter tecnológico. O telemóvel começa a falhar ficando sem rádio! Não sei do que foi; talvez por ter passado por baixo de umas linhas de alta tensão existentes na zona ou se, por acumulação de humidade no aparelho...(?)

Certo é que, sendo pormenores insignificantes, podem condicionar, e de que maneira, um simples treino ou uma prova! Servirão no entanto de aprendizagem!
Passei à “Meia” com 1h42m, começando a sentir que as reservas de energia estavam já a baixar de forma considerável.

Nova alteração no RoadBook para passar junto ao carro, onde tinha uma lata de “red bull -minipreço” e um gel de fruta da marca “Antónia” (eh eh..).
Breve paragem aos 26 km, abastecimento e, arrancar tipo Fórmula 1.., para mais um circuito Pólis completo ( 10 km).

No "The Day After", um jogging de recuperação, para ajudar a eliminação do ácido láctico e descontrair..
E foi assim o início dos treinos para a Maratona do Porto a 03 de Novembro de 2013!

Agora há que fazer dois ou três treinos de meia hora durante a semana, e qualquer coisa na casa dos vinte quilómetros no fim-de-semana, mas com alguma contenção de esforço!

À falta de fotos ,deixo alguma estatística para os entusiastas..

Boa semana e boas corridas!

Treino de Sábado
 
Treino de Domingo









quarta-feira, 16 de outubro de 2013

RedCrossTrail 2013


Chegou finalmente o dia do RedCrossTrail
Início da prova, com passagem pelo areal da praia

Quem passa por este blog já deve andar pelos cabelos de tanto ouvir falar nesta prova.
 Ok.., eu sei…, mas como acaba por ser muitas vezes a minha zona de treino, lá calha postar umas prosas e umas fotos acerca da Serra  da Boa Viagem na Figueira da Foz, onde se desenrola esta prova.

Além disso, e não desfazendo noutras serras por onde também treino, esta tem a particularidade de ficar junto ao mar, o que suaviza o ar, a humidade e a temperatura. Por outro lado o contraste do azul do mar e do céu com o verde da serra dá umas fotos bem interessantes.
A serra é relativamente baixa, sendo o marco geodésico da Bandeira com 257 m o ponto mais elevado. Todavia, convém não esquecer que no Red Cross Trail esta altitude é efectiva, visto que o início e fim da prova são ao nível do mar. Acresce que a serra é constituída por vários montes, com encostas muito íngremes pelo que, pode-se bem desenhar um percurso de dureza apreciável, mas sem aquelas subidas intermináveis e esgotantes que encontramos noutras provas tipo Almonda ou Abutres.

Os atletas AC e PA após o controlo inicial
Este ano a prova teve os seus Head Quarters na Colónia balnear da GNR, na Praia da Murtinheira. Nos anos anteriores a base das operações era na localidade de Maiorca, sendo os atletas transportados em autocarros para a zona da partida, precisamente o local onde este ano se fez ambas as coisas, partida e chegada.
Convenhamos que é muito melhor para os participantes o facto de não terem de andar quase meia hora de autocarro antes da prova…

Esta alteração permitiu desenhar integralmente um percurso em serra. Nos anos anteriores, ao terminar em Maiorca, o percurso tinha a sua parte final em estradões florestais sem grande piada.
É certo que o percurso deste ano foi mais interessante e duro, mas importa referir também que “meter” 42 km de percurso num perímetro relativamente reduzido, obriga a especiais cuidados nas marcações, sobretudo nas zonas de dupla passagem, encruzilhadas em que se avistam fitas em mais do que uma direcção, etc.. Quando não, começam as confusões e as desorientações do costume.

Quanto à prova propriamente dita começou com uns 300 metros de alcatrão entrando depois no areal da praia onde se correu cerca de 500 metros. Depois acabaram-se as facilidades e começou a dureza!!



A primeira subida
Logo para abrir o apetite “levámos” com uma rampa junto à “Casa dos Cogumelos” que colocou à prova o estado do rasto das sapatilhas, tal era a inclinação. Mais à frente outra rampa para subir de pés e mãos que levou os atletas até ao Farol do Cabo Mondego.
A primeira parte da prova foi feita em conjunto com os atletas do K21, subindo e descendo as encostas viradas para o mar.

Numa das escaladas..(foto de Helder Sequeira)
A parte mais dura desta primeira metade, terá sido a escalada ao marco geodésico do Monte Redondo a 218 m de altitude, que obrigou muito boa gente a paragens intermédias com o coração a bater descontroladamente na boca e com tonalidades faciais que oscilavam entre a cor púrpura e o branco da cal…
A separação entre os atletas do K21 e do K42 era a seguir ao abastecimento do K18.

Dada a desproporção de participantes entre as duas distâncias, 250 no K21 e 60 no K42, neste ponto seguia quase todo o mundo para a descida que levava à meta do K21 e, apenas uns quantos gatos-pingados seguiam para os 42.
Chegados a este abastecimento, uma vez que fiz a prova toda com o colega A.C., era necessário reabastecer de água e comida para enfrentarmos os cerca de 10 quilómetros até ao abastecimento seguinte.

Enquanto ali estávamos, chegou uma atleta muito indignada, que já se tinha perdido duas vezes e ponderava seriamente desistir!
Depois de reabastecermos e ouvirmos os desabafos da colega, partimos então os três na direcção do K42.

Passados 500 metros chegámos ao ponto da confusão dos caminhos. Havia fitas em duas direcções, havendo que escolher qual delas tomar.  Quase como que jogando moeda ao ar!
Como a colega afirmava que o caminho da direita era o que tinha tomado antes e a tinha levado de volta ao abastecimento do km18, seguimos pelo caminho da esquerda.

Passados mais cerca de 500 metros comecei a ter sérias dúvidas se estaríamos realmente bem. No abastecimento do km18 tinham-nos dito que iríamos passar lá novamente ao km38, para então descermos para o final. Portanto, a volta teria de ser ao contrário do sentido em que seguíamos!
Um telefonema para a organização (número inscrito no dorsal) e ficou tudo esclarecido. A nossa colega tinha-se enganado, não no cruzamento em que tínhamos passado mas num outro mais à frente!!!

Todavia quando terminei o telefonema já a colega tinha desaparecido em boa velocidade. Provavelmente deu de caras com os atletas da frente vindos em sentido contrário!

Chegada à meta, finalmente... (Foto de ?)
A partir daqui fizemos o resto da prova nas calmas, sem qualquer stress de classificações, percorrendo quilómetros e quilómetros sem ver ninguém, chegando bem ao fim, sem quedas, entorses ou qualquer outro problema.
A organização esteve bem na generalidade, podendo no entanto melhorar as marcações em alguns ponto nas próximas provas, nomeadamente em encruzilhadas e zonas de dupla passagem com diferentes direcções.

Em conversa no final, um conhecido atleta (não digo o nome, mas é um que ganha quase todas as provas em que participa, desde os 160km, 100km, 50,..etc :)) sugeria uma solução tão simples como desenhar no chão umas setas indicadoras de direcção com…farinha branca!! Deve resultar bem e é ecológica, uma vez que passados dois dias as formigas já limparam tudo!
E assim foi o Red Cross Trail de 2013...

Bons treinos e até para o ano!

Actualização: Classificação



Masculinos K42

Masculinos K21

 
Femininos K42 (noutro quadro de classificação, a vencedora é Carmen Pires com 4h40(?))




Femininos K21
 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

IV Mini Maratona de Leiria


Correu-se no passado Domingo a Mini Maratona de Leiria.
Início da corrida
Esta prova tem a organização do Rotary Club e, insere-se num programa mundial de combate à Poliomielite. Assim, o resultado obtido nas inscrições vai direitinho para a aquisição de vacinas.

"A Equipa", no estádio de Leiria
O ambiente é absolutamente Não-Competitivo, descontraído e festivo como eu gosto (assim não é vergonha nenhuma correr devagarinho J)

Já no ano passado tinha involuntariamente “participado” nesta prova. Fazia eu o meu treino de Domingo com um colega, quando nos deparamos com as barreiras no caminho e muita gente de calções e T-Shirt. Perguntámos a um dos Stewards se podíamos correr pelo mesmo percurso e lá fomos. Cortámos inclusivamente a meta, com direito a aplausos e tudo, e depois,…continuámos a correr…
Quem nos viu deve ter pensado: “Estes tipos são mesmo duros!”

Este ano, como já sabíamos da prova, participámos “legalmente”, com direito a dorsal, t-shirt, classificação, etc.
Início no estádio de Leiria, o tal do Euro 2004, percurso citadino junto ao rio e chegada na Praça Rodrigues Lobo, com uma distância total de 10 km.

A quantidade de participações terá ficado um pouco penalizada devido à coincidência com as provas de Lisboa, ainda assim, houveram mais de 250 atletas a correr e um número talvez superior de caminheiros.

Boa iniciativa (mais uma), da gente desta cidade!

Boas corridas!



Os três "Moscãoteiros" no final da corrida...

Sessão de alongamentos no final, ao som de música da moda. Muito do agrado da Ala Feminina (e não só :))

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Last Call for RedCrossTrail


 
A uma semana do Red Cross Trail, lanço o último desafio para virem correr esta prova espectacular!
Não estou muito inspirado para prosas, pelo que deixo apenas umas fotos daquilo que vão perder, se continuarem a insistir em não vir J

Fotos do último treino no passado Sábado, 28 km, 3h40, 1.300 m D+
Vá lá, pensem bem e venham daí!

Paisagens deslumbrantes

Parece que haverá passagem pelo interior do farol

Parque das merendas para quem quiser fazer um snack a meio da corrida...

Subidas para fazer de pés e mãos

Obrigatório levar máquina fotográfica...

Nevoeiros místicos

Trilhos nunca antes pisados pelo Homem

Zonas para treinar a travagem

Fósseis às paletes

Muitas pedras e calhaus para os apreciadores de entorses e trambolhões...

Fruta da época "à discrição"