Aveiro passou a fazer parte das cidades europeias onde se corre a maratona!
Até 2019 em Portugal continental, apenas Lisboa e Porto organizavam corridas de maratona, o que, devido à crescente prática da corrida em Portugal começava a surgir espaço para mais uma maratona, sobretudo se esta fosse desfasada no tempo das duas existentes. Como sabemos, as Maratonas de Lisboa e Porto correm-se com um mês apenas de diferença, o que, em princípio, obriga os atletas a optarem por uma das duas.
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Paulo Oliveira |
A cidade e a região de Aveiro parecem reunir muitas das condições necessárias a uma maratona de sucesso; é uma zona naturalmente plana, é também uma zona de média etária relativamente jovem quando comparada com a média nacional, facto que favorece a prática do desporto e atividade física.
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Paulo Amaro |
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Barco moliceiro |
Outro aspeto que poderá afetar também o desempenho dos atletas é o estado do tempo, que, conjugando a estação da primavera com a região de Aveiro, pode significar ventos fortes, anulando completamente o efeito da planura do terreno.
Felizmente, nesta primeira edição acabou por correr tudo bem, começando pela organização que não falhou em temas maiores, o estado do tempo foi do melhor que se poderia ter para a ocasião, o nível de participação foi muito bom para uma primeira edição, estando ao nível de Lisboa e Porto nas edições de há meia dúzia de anos!
Neste evento coexistiram as provas da Maratona, Meia Maratona, 10 quilómetros e caminhada. O facto anunciado de se iniciarem todas à mesma hora deixava antever alguma confusão, o que felizmente não se verificou, devido à separação por zonas conforme “rapidez anunciada” dos atletas.
Em termos pessoais, tinha como objetivo as 3h30 embora não fosse “nariz de santo”!
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À passagem pela Avenida Dr. Lourenço Peixinho (foto by Kabazuk) |
As duas semanas anteriores foram assombradas por mais uma crise lombar, desta vez, embora não muito forte, afetou o nervo ciático; no dia da corrida já não tinha problemas de mobilidade apenas uma dorzinha pela perna direita abaixo, felizmente não impeditiva de correr.
Pouco tempo após a partida já estava no ritmo pretendido, o que por exemplo, na Maratona do Porto, ocorre apenas bastante mais tarde devido à aglomeração de atletas condicionando os primeiros dois ou três quilómetros e fazendo perder uns preciosos minutos que nunca se poderão recuperar.
O tempo estava fresco, com um nevoeiro húmido; os primeiros quilómetros correm-se na zona a nascente da linha do comboio com uma ou outra subida ligeira.
Passados esses primeiros cerca de cinco quilómetros regressamos à cidade de Aveiro, percorrendo uma zona de bares e restaurantes junto a um canal, seguindo depois para a principal avenida da cidade, a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, até à estação dos caminhos de ferro, invertendo aí o sentido descendo novamente a mesma avenida.
A corrida toma o rumo poente, primeiro em direção a uma ínsua onde de percorrem cerca de cinco quilómetros em esquema ida e volta, e depois, rumo à Gafanha da Nazaré e ao Farol da Barra.
O apoio popular na Gafanha da Nazaré é enorme, o que sabe particularmente bem a partir dos vinte quilómetros de prova!
Até esta altura seguia com o colega de equipa, Paulo Amaro, integrados no grupo do balão das 3h15 sem qualquer dificuldade.
Cheguei mesmo a conjeturar que conseguiria fazer um tempo recorde visto que sentia bastante facilidade em acompanhar o ritmo, o que, imagine-se, estava a achar até um pouco lento!
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Paulo Amaro (foto by Maratona da Europa) |
Porém, a verdade é como o azeite e depois dos 25 quilómetros comecei a sentir dificuldade em manter o ritmo do grupo.
A prova dos nove, onde definitivamente perdi o comboio das 3h15 foi numa subida de uma das pontes de acesso à Praia da Barra, onde o grupo do balão manteve o ritmo como se fosse terreno plano e eu claramente tive de baixar velocidade.
A partir deste ponto, preocupei-me sim em gerir o esforço, de modo a chegar ao fim sem grandes dificuldades e sem correr grandes riscos.
Terminei com 3h22m34 (3h22m23 chip), o meu terceiro melhor tempo na maratona!
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Paulo Oliveira (foto by Kabazuk) |
Como considerações finais, acho que a prova em geral, incluindo todas as distâncias, foi um sucesso, a organização fez um bom trabalho, não se tendo notado qualquer amadorismo; alguns factos menos positivos aconteceram sem dúvida, mas se compararmos com as organizações mais experientes das maratonas de Lisboa e Porto, situaram-se em níveis absolutamente normais e em minha opinião não tão graves como o que se passou no Porto no final da prova do ano passado com a demora na entrega dos sacos.
A designação de Maratona da Europa parece-me um pouco abusiva, não parecendo ter havido legitimação para Aveiro representar todo um continente! (também sejamos justos, se lhe tivessem chamado Maratona da Ásia seria bem mais estranho ☺ )
Classificação da Equipa:
Paulo Oliveira 03:22:23 (chip)
Paulo Amaro 03:26:38 (chip)
Boas corridas!
Muitos parabéns pela excelente prova!
ResponderExcluirPena não nos termos visto.
Um abraço
Obrigado e igualmente também pela prestação!
ResponderExcluirDe facto andámos desencontrados, o que pode ser visto pela positiva por ser indicador da grande quantidade de atletas que aderiram ao evento.
Podemos desde já marcar encontro para a Maratona do Porto :)
Um abraço
Muitos parabéns Paulo. Excelente prova. Gostava de ter participado, mas não foi possível. Quem sabe para o ano.Abraço
ResponderExcluirObrigado Carlos! Não faltes no próximo ano. Esta maratona vale bem a pena! Um abraço
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