sexta-feira, 27 de março de 2015

Meia Maratona de Lisboa 2015


Foto Oficial
A participação na Meia Maratona de Lisboa calhou, quase que, como por acaso.
Como estava (está) na agenda o Ultra Trail do Piódão no fim-de-semana seguinte, não tinha sequer equacionado participar na prova de Lisboa.

Porém, de forma inesperada, tive acesso a duas inscrições gratuitas, através de um concurso na empresa em que trabalho, concurso em que participei apenas para ceder a posição a um colega que queria mesmo ir à corrida. Entretanto, a sorte bafejou não só o colega Agostinho como também a mim.
Como a inscrição era dupla e, juntando um terceiro dorsal de um outro colega que à última hora resolveu não participar, rumei a Lisboa com o Samuel e o Paulo Amaro para a nossa estreia nesta prova!

É sempre bom regressar a Lisboa, mesmo já lá passando cinco dias por semana J

Esta prova pode ter todos os defeitos que lhe quiserem apontar, mas, o acto de passar a “ponte-a-pé” confere emoções únicas, não só pela imponência da obra de arte, como pela vista da cidade a partir da ponte.

Quando a somar a tudo isto se tem a sorte de calhar um dia de sol, torna-se de facto um momento inesquecível para os felizardos participantes!

Tínhamos sido prevenidos para estar na zona da partida o mais cedo possível, devido à enorme multidão de atletas.

Pelas 08:15 embarcámos em Entrecampos num Fertagus rumo à margem sul. Já não havia lugares sentados.

Em Sete Rios e Campolide o comboio encheu de tal maneira que, quem estivesse com um braço no ar teria de ir até destino nessa posição!

Chegados à estação do Pragal tomámos caminho para as portagens da ponte, cerca de 10 minutos a pé, onde chegámos bem antes das 09:00. Nunca tinha ido para uma zona de partida com tanta antecedência!

Esta foi a parte mais aborrecida do dia. Mais de uma hora e meia à espera; casas de banho insuficientes para tamanha multidão, um sol despontante que começava a incomodar, tudo ainda acrescido com os nervos próprio da ocasião.

Alguns episódios caricatos como de duas senhoras que, na necessidade de ir ao WC e por indisponibilidade destes, resolveram escalar o talude junto à beira da estrada para ir “à natureza”.

Este episódio não teria nada de mais se a rampa não fosse quase na vertical e se, não estivessem uns milhares de pessoas, aborrecidas pelo tédio natural da longa espera da hora de partida a assistir a estas escaladas!

Resultado, incentivo massivo às atletas da escalada e uma enorme salva de palmas quando estas atingiram o topo da rampa! Não me enganarei muito se disser que tiveram mais aplausos do que o Mo Farah no final!

Entretanto inicia-se a Meia Maratona.

Estamos na faixa da direita, onde a progressão é lenta e difícil.

Vê-se a faixa da esquerda a fluir com maior rapidez. Começo a pensar seriamente em saltar o Rail para o outro lado.

Não será no entanto necessário, porque a partir do meio da ponte começa a haver algum espaço para correr a um ritmo decente.

A descida para Alcântara é feita a ritmos entre 4:07 a 4:10 min/km, o que dá para recuperar algum do tempo perdido no primeiro quilómetro, que tinha sido de 5:40.

O resto da corrida não tem grande história.

 Logo a seguir ao primeiro quilómetro fiquei com uma pressa danada para chegar ao fim e seguia pouco atento a pormenores. A paisagem também não tinha grande novidade para quem morou uns anos na Calçada da Ajuda e fazia aquele trajecto diariamente.

O calor fazia-se sentir. Nos abastecimentos, a primeira água da garrafa era para refrescar a cabeça.

Desde o Cais do Sodré que seguia em esforço. O corpo gritava por descanso, e por vezes, apercebia-me que baixava o ritmo. Então, forçava o andamento para baixar dos 4:30 min/km.

A parte que mais custou no entanto, foi a partir da passagem em Belém.

Embora sabendo que o ponto de retorno era após Algés, custava imenso olhar para a frente, ver um mar de gente e não vislumbrar o ponto de regresso.

Por fim, termino a corrida com 01:34:44 de tempo oficial, sendo o tempo líquido de 01:33:22. Muito bom!

Se considerar o tempo líquido tenho uma nova melhor marca pessoal!

Quanto ao evento propriamente dito, é sem dúvida de bom nível, tendo atractivos únicos, especialmente por ser a única ocasião em que se pode atravessar a ponte a pé (gosto da expressão J).

Terá no entanto os aspectos negativos dos eventos de massas. Muita gente, logística algo complicada, muitos participantes sem a mínima preparação para a distância, e não me interpretem mal mas, demorar três horas ou mais para correr uma meia maratona é definitivamente sinal evidente de falta de preparação! Para já não falar nos níveis de sofrimento que se atingem numa situação dessas!

Em resumo, gostei da prova e provavelmente voltarei a participar caso tenha acesso a uma inscrição gratuita J

No final temos a “Equipa” com os seguintes tempos líquidos:

Paulo Amaro-----------------01:30:14

Paulo Oliveira---------------01:33:22

Samuel Oliveira-------------01:36:07 (Com paragem para regar a natureza J)

Agostinho Rodrigues------01:37:20 (Com paragem para apertar os atacadores)

Boas corridas!
Dorsal e medalha

Grupo de cantares alentejanos à saída da estação do Pragal, marcando o ritmo ideal para fazer a prova J


Sam e Paulo amaro

L'Equipe




O belo do gelado do final
Estatística pessoal da corrida

Sara Moreira - Foto Oficial

Foto Oficial

Pódio Feminino - Foto Oficial

Pódio Masculino - Foto Oficial

A Sara Moreira muito orgulhosa com uma medalha igual à minha - Foto Oficial

6 comentários:

  1. Excelentes participações! Parabéns!
    Um abraço.

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  2. Parabéns!
    Concordo com o que referiste: esta prova será sempre especial pelo seu enquadramento e beleza. Apesar de não a ter feito (cada vez fujo mais das provas ditas "de massas") aconselho-a a qualquer pessoa que queira fazer uma meia-maratona.
    Abraço

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